Três textos publicados no Informativo Nossa Gente, jornal mensal da Paróquia de Todos os Santos, da Arquidiocese de Feira de Santana, Estado da Bahia - Brasil
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1. Editorial - Junho 2014 - Nossa Gente
Festas Juninas
É
festa, é licor, é fogueira, é namoro, é São João. É o povo festejando e vivendo
sua devoção, rezando as suas novenas e trezenas em homenagem aos Santos. (13) Santo
Antônio; (24) São João; e (29) São Pedro. Mas festejam também, no dia 12 desse
mês, o Dia dos Namorados.
No
Dia dos Namorados, comemora-se um relacionamento que começa com os
encantamentos dos primeiros dias e passa pelas primeiras experiências e
incertezas de uma vida a dois, indo até a formação de uma nova família. Que o
amor de Cristo seja presente nas vidas dos namorados de Feira de Santana e do
mundo.
Santo
Antônio, como “Santo Casamenteiro”, traz, também, a questão familiar. Essa é
uma preocupação do Papa Francisco que, para discutir a situação da família, convocou
todos os Bispos da Igreja Católica para uma assembleia a ser realizada no
próximo mês de outubro. Que Santo Antônio ajude às famílias a viverem sempre
unidas a Cristo, vencendo todos os obstáculos que lhes apareçam.
São
João, aquele que, em preparação à chegada de Jesus Cristo, proclamou um batismo
de conversão para todo o povo de Israel. (At 13, 24)
São
Pedro, a pedra escolhida por Jesus para construção da Sua Igreja: - Tu és Pedro
e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. (Mt 16,18)
As
comemorações do mês de junho têm origem antes da era cristã e chegaram ao
Brasil com os portugueses. Mas os índios que viviam no Brasil já faziam festas
de agradecimento a Deus, no mês de junho, com cantos, danças e muita comida.
Desses
fatos, nasceram as comemorações juninas: - as quadrilhas, de origem francesa; -
a fogueira, das festas pagãs, do índio brasileiro e de uma explicação cristã: quando
Santa Isabel acendeu uma fogueira para avisar a Nossa Senhora, sobre o
nascimento de João Batista; - as
comidas, quase todas das que os índios brasileiros cultivavam, a exemplo do
milho, do amendoim, da mandioca, dentre outras; - as
músicas, da criatividade dos nossos compositores como Luiz Gonzaga, no
Nordeste, e Lamartine Babo, no Sudeste, dentre outros.
Vamos participar das festas junto aos nossos
familiares, especialmente, homenageando os Santos.
2. "Caminhando com Jesus" - Junho 2014 - Nossa Gente
“Não vos deixarei órfãos; eu voltarei a vós”. (Jo 14, 18)
Cinquenta (50) dias depois da
Páscoa, os Apóstolos ainda estavam com medo dos judeus e, mesmo assim,
reuniram-se para rezar, contando também com a companhia e apoio de Maria e de
outros discípulos de Cristo. Então, veio um vento forte e línguas de fogo
caíram sobre eles. Cheios do Espírito Santo, falavam em várias línguas ao povo
que estava reunido para a festa de Pentecostes. São Pedro anunciou que Jesus
estava vivo. Todas as pessoas, mesmo de povos e línguas diferentes, entenderam a
mensagem. Começou aí a Igreja, renovando a união de todos os povos que estava
desfeita pela confusão, como diz a história da Torre de Babel. Se o orgulho do
homem dividiu as nações, o Espírito Santo veio uni-las na mesma fé, formando um
só e novo Povo de Deus.
No segundo domingo, dia 8 (oito)
de junho, a nossa Igreja celebra a festa de Pentecostes, marcada pelo envio do
Espírito Santo, (Jo 20,22) como Jesus havia prometido. O Espírito Santo de Deus
vem para ser nosso Consolador e nosso Defensor, para estar sempre ao nosso lado
e nos ajudar em qualquer situação, durante toda a nossa vida. (Jo 14,16-17)
Por isso, quando queremos rezar,
quando queremos estar mais perto de Deus, geralmente, iniciamos a nossa oração com
a invocação do Espírito Santo, dizendo:
“Vinde, Espírito Santo, enchei os
corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso
Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. Oremos: Ó Deus, que
instruístes os corações dos Vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que
apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos
sempre da Sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém!”
Agimos, assim, porque Ele nos ensinará
tudo e nos recordará tudo o que Jesus nos disse, conforme as palavras do
Evangelho de São João. (Jo 14,26)
Estejamos então sempre ligados a essa companhia
do Espírito Santo que nos acompanha diariamente em todos os momentos de nossa
vida.
3. O Sim de Maria - Nossa Gente - JUN 2014
Mais uma vez, Maria aparece na
Bíblia, dando destaque para a questão familiar e Deus, na Sua sabedoria
infinita, revela que Maria é a Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo. (Lc 1,35-44)
Falamos aqui em questão familiar
porque, quando Maria tomou conhecimento de que Isabel sua parente, já idosa,
estava grávida, (Lc 1,36) foi logo ao seu encontro para ajudá-la e dedicar-lhe
os cuidados necessários para aquela situação. (Lc 1, 39-40)
Maria quer despertar em nós o
sentimento de solidariedade que devemos ter para com os nossos irmãos, sendo ou
não da mesma família humana, mesmo porque, por Cristo, todos nós somos irmãos.
Maria quer mostrar para nós a
importância que tem a família na vida de cada um. Deixemos este sentimento
fraterno reinar em nossos corações, como acontece com o coração de Maria.
Um fato de grande destaque, que
ocorre nesse encontro de Maria com Isabel, é o encontro de Jesus com João, seu
precursor. Os dois se encontram ainda nos ventres de suas mães. (Lc 1, 41) Exatamente
João, aquele que veio com a missão de preparar os caminhos do Senhor.
Falamos também que Deus revela
que Maria é a Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo. Percebe-se esta revelação nas
palavras de Isabel quando diz:
- E de onde me provém isto, que
venha a mim a Mãe do meu Senhor? (Lc 1,43)
Lembramos que Isabel estava
iluminada pelo Espírito Santo de Deus. Ela era bem idosa e estava grávida
porque Deus lhe concedeu esse dom, como o anjo do Senhor disse a Zacarias, seu
esposo. (Lc, 1,13) Através de Isabel, Deus fez a Sua revelação, confirmando
Maria como Mãe do Seu filho, Jesus.
Explica-se assim a preocupação da
Maria com a família. Ela quer dizer que devemos entregar a Deus tudo o que
temos, tudo aquilo que somos, tudo o que queremos. Entregar e confiar. Deixar
Deus agir em nossos corações, deixar Deus comandar as nossas vidas.
Mais uma vez, vamos imitar a Maria, dizendo Sim
ao plano de Deus para nossas vidas.