terça-feira, 31 de março de 2020

Educação e Sociedade: Jesus cura e liberta


Meu comentário sobre o Evangelho do dia 24Mar2020, 

no Encontro do Terço dos Homens, na fase do coronavírus.

Hoje, vamos refletir sobre o Evangelho de Jesus Cristo,

segundo Jo 5, 1 – 16.

Neste Evangelho, João busca nos aproximar de uma realidade histórica, falando de um determinado lugar, onde o fato aconteceu: a piscina de Betesda. Fala, também, de cegos, coxos e paralíticos, todos integrantes de uma faixa da sociedade a quem tudo é negado, inclusive, a possibilidade de usar os poucos direitos que a lei lhe concede. São marginalizados.
Vendo-se nessa situação, acomodam-se e tornam-se passivos. Não reagem. Ficam satisfeitos com o pouco que lhe é concedido. Perdem a oportunidade até de um encontro com a libertação, em Jesus.
Os marginalizados são os que trabalham para sustentar a sociedade, mas não podem usufruir dos frutos do seu trabalho. Esses frutos vão para os patrões, que nada produzem. Vivem dos resultados da exploração do trabalho do outro.
Mas esses grupos de cegos, coxos e paralíticos representam também as nossas limitações, nossas falhas, nossas dificuldades para chegar até Jesus. Nós conhecemos Jesus, mas não seguimos o caminho para chegar até Ele, não encontramos forças para derrubar as barreiras que nos separam Dele. E nos consideramos uns incapazes, nos entregando a uma vida de acomodação e afastamento de Jesus.
Mas, se buscarmos a Jesus, não importam as barreiras, mesmo que sejam estabelecidas pelas leis do homem. Encontraremos forças para vencer, até a lei do sábado, como Jesus e seus discípulos o fizeram.
Na piscina de Betesda, a salvação acontecia apenas para o primeiro que alcançasse a água. Mas o paralítico, o coxo e o cego, enfim, o marginalizado não conseguia. Mas, se esse marginalizado não desistir, encontrará Jesus, que lhe oferece a cura e a salvação, independente das condições e das leis humanas. Isto, porque, para Jesus, não importava se o doente não podia alcançar as águas da piscina de Betesda, nem importava se era dia de sábado.
O que importava para Jesus Cristo era que aquele ser marginalizado tivesse a oportunidade de usufruir da salvação que lhe era oferecida.
Hoje, com o acontecimento dessa pandemia do coronavírus, o homem está vendo que não adianta ter todos os poderes do mundo.
Vê, também, que não adianta querer usufruir do trabalho do outro e desprezar esse que por ele se sacrifica, sob a exploração do seu trabalho.
Vê, ainda, que ninguém é melhor do que o outro.
Reconhece que são todos iguais e se não se unirem, ninguém se salvará.
Notamos que é uma oportunidade que o homem tem para voltar-se para si mesmo e para o outro. Consequentemente, de voltar-se para Deus.
Então, a partir do encontro com Jesus Cristo, o objetivo do homem, hoje, deve ser a transformação de sua vida. Deverá seguir a vida, sempre pelos caminhos da libertação física e espiritual, saindo da passividade, vendo no outro um irmão, em qualquer situação. Tentará não cometer pecados, principalmente, o de excluir e/ou de marginalizar o irmão.
Isto, porque Jesus cumpriu Sua palavra: salvou o que se considerava perdido.
A grande lição que aprendemos hoje é que, se tivermos fé em Jesus Cristo, como também, respeito à pessoa do outro, alcançaremos a cura e a libertação.