Meu comentário
sobre o Evangelho do dia 24Mar2020,
no Encontro do Terço dos Homens, na fase do
coronavírus.
Hoje,
vamos refletir sobre o Evangelho de Jesus Cristo,
segundo
Jo 5, 1 – 16.
Neste Evangelho, João busca nos
aproximar de uma realidade histórica, falando de um determinado lugar, onde o
fato aconteceu: a piscina de Betesda. Fala, também, de cegos, coxos e
paralíticos, todos integrantes de uma faixa da sociedade a quem tudo é negado,
inclusive, a possibilidade de usar os poucos direitos que a lei lhe concede.
São marginalizados.
Vendo-se nessa situação, acomodam-se e
tornam-se passivos. Não reagem. Ficam satisfeitos com o pouco que lhe é
concedido. Perdem a oportunidade até de um encontro com a libertação, em Jesus.
Os marginalizados são os que trabalham
para sustentar a sociedade, mas não podem usufruir dos frutos do seu trabalho.
Esses frutos vão para os patrões, que nada produzem. Vivem dos resultados da
exploração do trabalho do outro.
Mas esses grupos de cegos, coxos e
paralíticos representam também as nossas limitações, nossas falhas, nossas
dificuldades para chegar até Jesus. Nós conhecemos Jesus, mas não seguimos o
caminho para chegar até Ele, não encontramos forças para derrubar as barreiras
que nos separam Dele. E nos consideramos uns incapazes, nos entregando a uma
vida de acomodação e afastamento de Jesus.
Mas, se buscarmos a Jesus, não importam
as barreiras, mesmo que sejam estabelecidas pelas leis do homem. Encontraremos forças
para vencer, até a lei do sábado, como Jesus e seus discípulos o fizeram.
Na piscina de Betesda, a salvação
acontecia apenas para o primeiro que alcançasse a água. Mas o paralítico, o
coxo e o cego, enfim, o marginalizado não conseguia. Mas, se esse marginalizado
não desistir, encontrará Jesus, que lhe oferece a cura e a salvação,
independente das condições e das leis humanas. Isto, porque, para Jesus, não
importava se o doente não podia alcançar as águas da piscina de Betesda, nem
importava se era dia de sábado.
O que importava para Jesus Cristo era
que aquele ser marginalizado tivesse a oportunidade de usufruir da salvação que
lhe era oferecida.
Hoje, com o acontecimento dessa
pandemia do coronavírus, o homem está vendo que não adianta ter todos os
poderes do mundo.
Vê, também, que não adianta querer
usufruir do trabalho do outro e desprezar esse que por ele se sacrifica, sob a
exploração do seu trabalho.
Vê, ainda, que ninguém é melhor do que
o outro.
Reconhece que são todos iguais e se não
se unirem, ninguém se salvará.
Notamos que é uma oportunidade que o
homem tem para voltar-se para si mesmo e para o outro. Consequentemente, de
voltar-se para Deus.
Então, a partir do encontro com Jesus Cristo,
o objetivo do homem, hoje, deve ser a transformação de sua vida. Deverá seguir
a vida, sempre pelos caminhos da libertação física e espiritual, saindo da
passividade, vendo no outro um irmão, em qualquer situação. Tentará não cometer
pecados, principalmente, o de excluir e/ou de marginalizar o irmão.
Isto, porque Jesus cumpriu Sua palavra:
salvou o que se considerava perdido.
A grande lição que aprendemos hoje é
que, se tivermos fé em Jesus Cristo, como também, respeito à pessoa do outro,
alcançaremos a cura e a libertação.
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