quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Educação e Vida: Acorda minha gente

Acorda minha gente

Preocupado com a situação de vida do povo brasileiro, 
que se preparava para eleger os dirigentes do País,
inclusive, 
o Presidente da república,
elaborei um comentário, em fevereiro de 2018,  
e distribuí com as pessoas amigas, 
autorizando a divulgação.
Hoje, diante do quadro atual de dirigentes dos três poderes, novamente, publico esse texto.




Acorda minha gente

Como a maioria dos brasileiros, continuamos a nos deixar cegar por essa imprensa

tendenciosa e pelo poder econômico empresarial, aliados aos corruptos das esferas

política, jurídica e executiva, que governam ilegalmente o nosso Brasil.

- Enquanto insistirmos em divulgar vídeos, com defesas e/ou acusações relativas aos 

corruptos, cujas notícias desfilam diariamente na imprensa;

- Enquanto descarregarmos toda a nossa ira, toda a nossa intolerância, toda a nossa raiva 

contra pessoas, a quem devotamos, ou apenas assim dizemos, muito amor;

- Enquanto continuarmos acomodados, em nosso cantinho, - não buliu comigo, não tenho 

nada a ver com isso - assistindo o mal praticado, contra nossos irmãos:

Estaremos apenas servindo de instrumentos para fortalecer a essa gente.

Vamos nos libertar dessa escuridão que nos impede de enxergar o melhor caminho, para 

busca da solução mais adequada, para resolver essa situação que derruba o Brasil e 

acorrenta o povo brasileiro.

Para a escuridão, vamos buscar uma lanterna.

Continuando nesse passo, a paciência, o respeito e até a amizade podem ir pelos ares.

Nunca nos sentiremos culpados e acusaremos sempre ao outro, por não ter se lembrado 

de pegar uma lanterna.

Vamos substituir as acusações, a ira, as ameaças, o ódio, tudo isso, pela paciência, pelo 

respeito, pelo fortalecimento da amizade, pelo diálogo.

Até agora, só reagimos, só fomos às ruas mostrar a nossa insatisfação, quando 

manipulados por grupos que lutavam pela defesa de interesses particulares.

Está na hora de sairmos do cerco, para enxergarmos o caminho. Vamos às ruas, para 

defender os nossos direitos, que estão sendo roubados.

Peguemos a lanterna.

Entretanto, lembremos que se apontarmos a lanterna para o chão, vamos enxergar apenas 

aquilo que está bem a nossa frente ou, no máximo, o que está ao redor.

Então, peguemos e levantemos a lanterna.

Busquemos enxergar aquilo que está mais adiante.

Vamos sair de casa e deixar a nossa acomodação.

Vamos para as ruas exigir a condenação dessa quadrilha que assaltou o Brasil.

Agindo dessa forma, teremos chance de encontrarmos, juntos, o melhor caminho e a 

melhor solução, para que o brasileiro se veja livre dessa situação de opressão e o Brasil 

consiga se libertar dessa escravidão que lhe é imposta por esses bandidos, desde as 

invasões do ano de 1500.

Um abraço amigo de Cosme Castor.

FSA/BA, 10Fev2018

Educação e Saúde: "Sem o SUS, é a barbárie"

Saúde
A saúde, no Brasil, é um grande problema 
e o SUS é, parcialmente, a grande solução.
Recebi essa mensagem sobre o SUS, 
escrita pelo Dr. Drauzio Varella, 
pelo Whats App.
Pela sua importância, resolvi divulgar neste espaço.
Você vai gostar.
Veja, a seguir:



Drauzio Varella

*Sem o SUS, é a barbárie*

O Brasil foi ousado ao levar assistência médica gratuita a toda a população

18.ago.2019 às 2h00

“Sem o SUS, é a barbárie.” A frase não é minha, mas traduz o que penso. Foi dita por Gonzalo Vecina, da Faculdade de Saúde Pública da USP, um dos sanitaristas mais respeitados entre nós, numa mesa redonda sobre os rumos do SUS, na Fundação Fernando Henrique Cardoso.

Estou totalmente de acordo com ela, pela simples razão de que pratiquei medicina por 20 anos antes da existência do SUS.

Talvez você não saiba que, naquela época, só os brasileiros com carteira assinada tinham direito à assistência médica, pelo antigo INPS. Os demais pagavam pelo atendimento ou faziam fila na porta de meia dúzia de hospitais públicos espalhados pelo país ou dependiam da caridade alheia, concentrada nas santas casas de misericórdia e em algumas instituições religiosas.

Eram enquadrados na indigência social os trabalhadores informais, os do campo, os desempregados e as mulheres sem maridos com direito ao INPS. As crianças não tinham acesso a pediatras e recebiam uma ou outra vacina em campanhas bissextas organizadas nos centros urbanos, de preferência em períodos eleitorais.

Então, 30 anos atrás, um grupo de visionários ligados à esquerda do espectro político defendeu a ideia de que seria possível criar um sistema que oferecesse saúde gratuita a todos os brasileiros. Parecia divagação de sonhadores.

Ao saber que se movimentavam nos corredores do Parlamento, para convencer deputados e senadores da viabilidade do projeto, achei que levaríamos décadas até dispor de recursos financeiros para a implantação de políticas públicas com tal alcance.

Menosprezei a determinação, o compromisso com a justiça social e a capacidade de convencimento desses precursores. Em 1988, escrevemos na Constituição: “Saúde é direito do cidadão e dever do Estado”.

Por incrível que pareça, poucos brasileiros sabem que o Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes que ousou levar assistência médica gratuita a toda a população.

Falamos com admiração dos sistemas de saúde da Suécia, da Noruega, da Alemanha, do Reino Unido, sem lembrar que são países pequenos, organizados, ricos, com tradição de serviços de saúde pública instalados desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Sem menosprezá-los, garantir assistência médica a todos em lugares com essas características é brincadeira de criança perto do desafio de fazê-lo num país continental, com 210 milhões de habitantes,
baixo nível educacional, pobreza, miséria e desigualdades regionais e sociais das dimensões das nossas.

Para a maioria dos brasileiros, infelizmente, a imagem do SUS é a do pronto-socorro com macas no corredor, gente sentada no chão e fila de doentes na porta. Tamanha carga de impostos para isso, reclamam todos.

Esquecem-se de que o SUS oferece gratuitamente o maior programa de vacinações e de transplantes de órgãos do mundo. Nosso programa de distribuição de medicamentos contra a Aids revolucionou o tratamento da doença nos cinco continentes. Não percebem que o resgate chamado para socorrer o acidentado é do SUS, nem que a qualidade das transfusões de sangue nos hospitais de luxo é assegurada por ele.

Nossa Estratégia Saúde da Família, com agentes comunitários em equipes multiprofissionais que já atendem de casa em casa dois terços dos habitantes, é citada pelos técnicos da Organização
Mundial da Saúde como um dos mais importantes do mundo.

Pouquíssimos têm consciência de que o SUS é, disparado, o maior e o mais democrático programa de distribuição de renda do país. Perto dele, o Bolsa Família não passa de pequena ajuda. Enquanto investimos no SUS cerca de R$ 270 bilhões anuais, o orçamento do Bolsa Família mal chega a 10% disso.

Os desafios são imensos. Ainda nem nos livramos das epidemias de doenças infecciosas e parasitárias e já enfrentamos os agravos que ameaçam a sobrevivência dos serviços de saúde pública dos países mais ricos: envelhecimento populacional, obesidade, hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, câncer, 
degenerações neurológicas.

Ao SUS faltam recursos e gestão competente para investi-los de forma que não sejam desperdiçados, desviados pela corrupção ou para atender a interesses paroquiais e, sobretudo, continuidade administrativa. Nos últimos dez anos tivemos 13 ministros da Saúde.

Apesar das dificuldades, estamos numa situação incomparável à de 30 anos atrás. Devemos defender o SUS e nos orgulhar da existência dele.

Drauzio Varella
Médico cancerologista, autor de “Estação Carandiru”.