sábado, 21 de junho de 2014

Educação e Religiosidade: Informativo Nossa Gente

Três textos publicados no Informativo Nossa Gente, jornal mensal da Paróquia de Todos os Santos, da Arquidiocese de Feira de Santana, Estado da Bahia - Brasil
Contato: cosmecastor@hotmail.com

1. Editorial - Junho 2014 - Nossa Gente

Festas Juninas

É festa, é licor, é fogueira, é namoro, é São João. É o povo festejando e vivendo sua devoção, rezando as suas novenas e trezenas em homenagem aos Santos. (13) Santo Antônio; (24) São João; e (29) São Pedro. Mas festejam também, no dia 12 desse mês, o Dia dos Namorados.
No Dia dos Namorados, comemora-se um relacionamento que começa com os encantamentos dos primeiros dias e passa pelas primeiras experiências e incertezas de uma vida a dois, indo até a formação de uma nova família. Que o amor de Cristo seja presente nas vidas dos namorados de Feira de Santana e do mundo.
Santo Antônio, como “Santo Casamenteiro”, traz, também, a questão familiar. Essa é uma preocupação do Papa Francisco que, para discutir a situação da família, convocou todos os Bispos da Igreja Católica para uma assembleia a ser realizada no próximo mês de outubro. Que Santo Antônio ajude às famílias a viverem sempre unidas a Cristo, vencendo todos os obstáculos que lhes apareçam.
São João, aquele que, em preparação à chegada de Jesus Cristo, proclamou um batismo de conversão para todo o povo de Israel. (At 13, 24)
São Pedro, a pedra escolhida por Jesus para construção da Sua Igreja: - Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. (Mt 16,18)
As comemorações do mês de junho têm origem antes da era cristã e chegaram ao Brasil com os portugueses. Mas os índios que viviam no Brasil já faziam festas de agradecimento a Deus, no mês de junho, com cantos, danças e muita comida.
Desses fatos, nasceram as comemorações juninas: - as quadrilhas, de origem francesa; - a fogueira, das festas pagãs, do índio brasileiro e de uma explicação cristã: quando Santa Isabel acendeu uma fogueira para avisar a Nossa Senhora, sobre o nascimento de João Batista; - as comidas, quase todas das que os índios brasileiros cultivavam, a exemplo do milho, do amendoim, da mandioca, dentre outras; - as músicas, da criatividade dos nossos compositores como Luiz Gonzaga, no Nordeste, e Lamartine Babo, no Sudeste, dentre outros.
Vamos participar das festas junto aos nossos familiares, especialmente, homenageando os Santos.


2. "Caminhando com Jesus" - Junho 2014 - Nossa Gente

“Não vos deixarei órfãos; eu voltarei a vós”. (Jo 14, 18)
Cinquenta (50) dias depois da Páscoa, os Apóstolos ainda estavam com medo dos judeus e, mesmo assim, reuniram-se para rezar, contando também com a companhia e apoio de Maria e de outros discípulos de Cristo. Então, veio um vento forte e línguas de fogo caíram sobre eles. Cheios do Espírito Santo, falavam em várias línguas ao povo que estava reunido para a festa de Pentecostes. São Pedro anunciou que Jesus estava vivo. Todas as pessoas, mesmo de povos e línguas diferentes, entenderam a mensagem. Começou aí a Igreja, renovando a união de todos os povos que estava desfeita pela confusão, como diz a história da Torre de Babel. Se o orgulho do homem dividiu as nações, o Espírito Santo veio uni-las na mesma fé, formando um só e novo Povo de Deus.
No segundo domingo, dia 8 (oito) de junho, a nossa Igreja celebra a festa de Pentecostes, marcada pelo envio do Espírito Santo, (Jo 20,22) como Jesus havia prometido. O Espírito Santo de Deus vem para ser nosso Consolador e nosso Defensor, para estar sempre ao nosso lado e nos ajudar em qualquer situação, durante toda a nossa vida. (Jo 14,16-17)
Por isso, quando queremos rezar, quando queremos estar mais perto de Deus, geralmente, iniciamos a nossa oração com a invocação do Espírito Santo, dizendo:
“Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos Vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre da Sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém!”
Agimos, assim, porque Ele nos ensinará tudo e nos recordará tudo o que Jesus nos disse, conforme as palavras do Evangelho de São João. (Jo 14,26)
Estejamos então sempre ligados a essa companhia do Espírito Santo que nos acompanha diariamente em todos os momentos de nossa vida.

3. O Sim de Maria - Nossa Gente - JUN 2014

Mais uma vez, Maria aparece na Bíblia, dando destaque para a questão familiar e Deus, na Sua sabedoria infinita, revela que Maria é a Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo. (Lc 1,35-44)
Falamos aqui em questão familiar porque, quando Maria tomou conhecimento de que Isabel sua parente, já idosa, estava grávida, (Lc 1,36) foi logo ao seu encontro para ajudá-la e dedicar-lhe os cuidados necessários para aquela situação. (Lc 1, 39-40)
Maria quer despertar em nós o sentimento de solidariedade que devemos ter para com os nossos irmãos, sendo ou não da mesma família humana, mesmo porque, por Cristo, todos nós somos irmãos.
Maria quer mostrar para nós a importância que tem a família na vida de cada um. Deixemos este sentimento fraterno reinar em nossos corações, como acontece com o coração de Maria.
Um fato de grande destaque, que ocorre nesse encontro de Maria com Isabel, é o encontro de Jesus com João, seu precursor. Os dois se encontram ainda nos ventres de suas mães. (Lc 1, 41) Exatamente João, aquele que veio com a missão de preparar os caminhos do Senhor.
Falamos também que Deus revela que Maria é a Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo. Percebe-se esta revelação nas palavras de Isabel quando diz:
- E de onde me provém isto, que venha a mim a Mãe do meu Senhor? (Lc 1,43)
Lembramos que Isabel estava iluminada pelo Espírito Santo de Deus. Ela era bem idosa e estava grávida porque Deus lhe concedeu esse dom, como o anjo do Senhor disse a Zacarias, seu esposo. (Lc, 1,13) Através de Isabel, Deus fez a Sua revelação, confirmando Maria como Mãe do Seu filho, Jesus.
Explica-se assim a preocupação da Maria com a família. Ela quer dizer que devemos entregar a Deus tudo o que temos, tudo aquilo que somos, tudo o que queremos. Entregar e confiar. Deixar Deus agir em nossos corações, deixar Deus comandar as nossas vidas.
Mais uma vez, vamos imitar a Maria, dizendo Sim ao plano de Deus para nossas vidas.