“Amigos, eu vi. E
nunca vou esquecer”,
assim disse Claudia
Martins Moreira.
Eu vi essa mensagem
que me enviaram pelo “zap” e percebi que mais gente tem que tomar conhecimento.
Por isso, coloquei
aqui no Blog.
Quem ler, ganha a oportunidade de tomar
consciência da real situação pela qual o nosso Brasil está atravessando.
Então, vamos ver:
Amigos, eu vi. E
nunca vou esquecer
Cláudia Martins
Moreira
O que eu vi nos
últimos trinta anos (até 2015) foi um país que saiu da ditadura e representava
um futuro promissor para mim e para meus descendentes.
Eu vi meu país
quase chegar ao pleno emprego,
eu vi empoderamento
de negras e negros colorindo meu país com sorriso de dignidade, eu vi empregada
doméstica comprando tv, celular,
estudando na
universidade,
eu vi homossexuais
podendo
casar com quem
amavam
e expressar
naturalmente
sua
amorosidade,
eu vi pobres tendo
voz e esperança,
vi muita festa,
alegria e bonança.
Vi mendigos sumindo
da rua,
porque tinham bolsa
família
para sobreviver
e vestimenta para
se cobrir.
Eu vi meu povo
entrando numa fila
e votando para
presidente.
Eu sabia que tinha
minha mão
naquela história
Porque fui pra rua
Pedi diretas já.
Quando era
adolescente.
Eu vi funcionário
público
tratado como gente.
Eu vi avançarem as
leis trabalhistas
que protegiam os
menores
E o trabalhador
carente.
Eu vi pobres
fazendo festa nas favelas,
lindas festas
regadas de sorrisos
verdadeiros.
Eu vi meninas
nascendo
e podendo ser criadas
pelos próprios pais.
Acabou a
história
de menininhas
nascendo
e indo ser
criadas,
como
escravas,
na capital,
com as
madames.
Essas meninas iriam
para capital sim,
estudar na
universidade federal.
Eu vi.
Eu senti.
Eu
compartilhei.
Eu abracei.
Eu festejei.
Eu estava lá.
Porque tudo
isso
me enchia de
felicidade....
Ver os sonhos de
uma jovem militante tornando-se realidade...
Mas eu não
entendia
que muitos a meu
redor
odiavam tudo
isso.
Muitos que eu
julgava generosos e humanistas, guardavam seu ressentimento
raivoso
e deprimente
De ver a educação
Mudar a vida de
tanta gente.
Um dia eu
entendi
e pensei
nos 12 anos de ódio
e rancor
guardados dentro
daqueles corações
que não vieram para
a rua
como eu
comemorar a
igualdade.
Rua para el@s é
lugar de vagabundo
"Polícia
nel@s"
Polícia em nós
Mesmo que fôssemos
nós
Eles se
vingaram
dos 12 anos
em que a
alegria
tomou conta de
tantos lares
antes
relegados
às suas
esmolas.
Votaram para que
aquele povo
voltasse a precisar
das suas esmolas.
Mas não entenderam
Eles inda não
entenderam
que talvez alguns
daqueles relegados
que tiveram acesso
a educação superior
e mudaram de
vida...
poderão amanhã ser
aqueles
que lhe darão a
mão.
Na sua queda.
Eu vivi para
ver,
depois de tudo
isso,
pessoas que eu
julgava conhecer
votarem pela
destruição
da maior nação da
América do Sul
e estragar o
futuro
dos seus próprios
filhos
E das suas futuras
gerações.
Eu vivi para ver
Gente expressar
Sem vergonha
A perversidade
nojenta
De comemorar
A prisão injusta e
ilegal
De um homem
A morte da sua
mulher
Do seu irmão
Do seu neto
Rirem venenosos
E comemorarem
O destino cruel e
injusto
De um homem
Que é respeitado e
reverenciado
Pelos pobres
E por todas as
autoridades
Mundiais
Eu vi, eu sou
testemunha
E jamais esquecerei.