quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Educação e Meus Escritos: Eu e Você

 Um dia eu falei assim:

Eu e Você

 

Dia dos Pais 2001

Agradeço a Deus festejá-lo

E especialmente a você que me fez PAI

E até Avô.

Assim acontece todos os dias, pois

melhores filhos não há

E netos mais maravilhosos

Não existem.

Por tudo isso queria ser poeta

Assim lhe diria

Com beleza e harmonia

O que se passa em meu coração.

Diria que te amo

        que sem você não sei viver

        que minha vida é sua vida

        que és o amor de minha vida

        que és um presente de Deus

        que foste feita para mim

        que, com o casamento,

                           somos um.

Lembraria, carinhosamente,

Aquele 15 de Agosto de 1965

Quando você disse sim.

Eu acreditei

Que ali nascia uma vida nova

Uma vida a dois

Com desencontros e desvios

Mas uma vida de dois

Que queriam seguir juntos

Rumo a um mesmo futuro:

         de namorados

         de amantes casados

         de pais

         de avós

         de mais o que Deus quiser.

Ah! Marina

Tenhamos fé.

Porque tivemos fé

Chegamos até aqui.

Se continuarmos a ter fé

Chegaremos lá

Sempre firmes no Pai

E na nossa querida Mãe

Escolhida pelo Pai

E oferecida a nós, seu povo

E a nós, eu e você

Por quê?

15 de agosto é a data

Da assunção da nossa querida Mãe.

É a data que você disse sim

Para a união de nossas vidas.

União, portanto, abençoada

Desde o seu nascimento

Que nos deu filhos também abençoados

E continuará abençoando

Os que chegaram depois

E continuarão a chegar.

Ah! Marina

Como gostaria de ser poeta

Para lhe dizer carinhosamente

Que sou feliz porque tenho você

Porque tenho 4 filhos, também, seus

Porque sonho acordado com você

Porque minha mulher é você

Porque te amo.

.....................

Salvador/Feira: 15/AGO/2001


terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Educação e Poesia: Solidão

 

Solidão

                                 Cosme Castor

Ontem, dormi um bocado.

Foi uma boa caminhada.

Desejei tê-la comigo.

Chamei! Chamei! Chamei!

Parecia não me ouvir.

Continuei a chamar.

Não acreditava que não queria me ouvir.

Não acreditava que não queria a minha companhia.

Chamei de novo.

Aumentei o tom de voz.

Gritei!

Mas você não me ouvia.

Continuava na minha caminhada.

Sozinho.

E a vontade de tê-la ao meu lado continuava a gritar no meu peito.

O sono continuava a me dominar.

E eu continuava a desejar que ela viesse deitar ao meu lado.

Virei a barriga para cima e estirei o braço, na esperança de que ela chegasse e deitasse ao meu lado e se “axegasse”, devagarzinho, para me dar um “xêro”.

Cheguei a sentir o seu cheiro.

Me animei.

Ela chegou!

Eu a beijei, bem devagarzinho, saboreando aquela aproximação.

Parecia que o corpo dela, devagarzinho, entrava no meu e o meu, também bem devagarzinho, ia entrando no dela.

Ficamos quietos, quietinhos, quase paralisados, sentindo o cheiro, um do outro.

Assim ficamos e tudo aconteceu, por um longo tempo.

Foram momentos incríveis!

Iguais a esses, impossível!

A harmonia tomou conta dos nossos corpos e a felicidade plena passou a ser o nosso viver,

até eu acordar.

Estava sozinho numa enorme cama, vazia.