quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Educação e Política: Brasil versus Zaqueu


Brasil versus Zaqueu

Cosme Castor

No último dia 19 de novembro de 2019,
na Liturgia da Igreja Católica, se refletiu sobre o
Evangelho, segundo Lucas 19,1–10.
Nele, identifiquei a situação do povo brasileiro retratada e resolvi dizer assim:
Conforme o texto ”Firmes e perseverantes”, da revista Família Cristã, Jesus observava as pedras de reconstrução do Templo, junto a outras pessoas, quando disse: “Não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”.
Ainda no texto: “Jesus se referia à destruição do templo e da cidade, pelos romanos, o que aconteceu no ano 70, da nossa era“.
E continua: “Jesus fala, então, (...) de um momento difícil pelo qual passarão os cristãos. (...) Será parecido com o fim do mundo, mas ainda não será o fim. Cataclismas na natureza e perseguições. As perseguições serão de muitos tipos. Será o momento de testemunhar a fé e permanecer firmes. Assim, ganharão a vida”
E sobre essa situação, o profeta Malaquias “vê o desaparecimento dos soberbos e dos ímpios e o nascimento do sol da justiça para os que temem o nome do Senhor”, conforme Ml 3,19-20.
Nessa época em que Jesus vivia entre nós, o Império Romano é que ditava as leis e todos os povos lhe eram submissos. A submissão era tão rigorosa que pessoas e coisas, tudo pertencia ao Império.
Qualquer ação, qualquer projeto a ser desenvolvido em cada localidade, precisava da autorização do governo romano.
As pessoas viviam como escravos. Eram vigiadas em suas atividades cotidianas e qualquer infração cometida podia custar-lhe a prisão sumária ou a própria vida, decretada por qualquer autoridade do governo romano. O pior é que, mesmo os que não tinham qualquer benefício, viviam a vigiar e denunciar os seus semelhantes, buscando ganhar alguma recompensa, pelo seu ato de traição.
A situação era tão séria que Roma não colocava em risco a vida de seus cidadãos. Dentre os dominados, Roma escolhia pessoas egoístas e ambiciosas, que tudo faziam por dinheiro e pelo poder, até mesmo ir contra seus irmãos, seus familiares, seus conterrâneos.
A essa gente eram dados os cargos e todo poder para cumprir a função que lhe era confiada. Esses eram bem recompensados e o abuso de poder, bem como, a desonestidade e a corrupção não constituíam crimes, desde quando, não fossem contra o Império. Essas atitudes nem mesmo eram consideradas pelo Império Romano. Interessava ao Império o recolhimento dos extorsivos impostos. O povo era, simplesmente, obrigado a pagar.
Um exemplo muito conhecido e citado na Bíblia, que deixa bem claro essa situação, é a história de Zaqueu (Lc 19,1-10). A ele foi dada a responsabilidade de coletar os impostos, em Jericó. Ele cumpria a sua função com crueldade, maltratando seus conterrâneos, sendo fiel ao Império Romano, a qualquer custo.
Por tudo isso, ele e todos aqueles que eram nomeados por Roma eram vistos como traidores, pelos seus conterrâneos. Maltratavam seus irmãos, para satisfazer aos rigores do Império Romano, por interesses apenas do dinheiro e do poder. Assim, agradavam a Roma e gozavam de suas benesses.
E Zaqueu era invejado por aqueles que cobiçavam o cargo que ele ocupava. Esses, voluntariamente, falavam bem do Império e denunciavam qualquer pessoa, - conterrâneos, amigos, parentes, conhecidos, desconhecidos e outros – que ousasse falar contra ou cometer qualquer ação que desagradasse ao Império. Tudo isso, visando a agradar seus opressores, para buscar uma recompensa pessoal.
No texto bíblico, Zaqueu ouviu falar de Jesus e ficou curioso. Ele quis conhecer Jesus. Era um homem de quem se falava maravilhas. Ele soube que Jesus passaria por um determinado caminho, em Jericó, em direção a Jerusalém. Como ele era um homem de baixa estatura e a multidão era grande, subiu a um sicômoro para ver Jesus.
A expectativa era grande. Jesus ia passar ali, bem em baixo da árvore. Ele, ali em cima, ia conseguir alcançar seu objetivo. Ele ainda não acreditava que ia conseguir seu objetivo.
Ele, um pecador!...
Ele, um traidor do povo!...
Ele, um capanga do opressor!...
Envolto em seus pensamentos, avistou a multidão que vinha em sua direção, acompanhando Jesus.
Para surpresa de Zaqueu e de todos os presentes, ao se aproximar da árvore onde ele se encontrava, Jesus parou, chamou Zaqueu pelo nome e o convidou a descer, pois Ele, Jesus, iria visitá-lo em sua casa. Todos ficaram muito intrigados com aquela atitude porque Jesus era judeu e Zaqueu era publicano. Pertenciam a dois grupos sociais diferentes e pouco amistosos. Daí, a surpresa do povo.
Tocado pela atitude de aceitação de Jesus e diante de todos, Zaqueu, um corrupto, arrependeu-se de seus atos desonestos, reconheceu sua culpa e prometeu restituir a quem tivesse prejudicado.
Voltando ao sistema de governo do Império Romano, que submetia o povo a um regime de escravidão, comparamos com a situação política, social e religiosa do Brasil. Então, vamos encontrar o “Império Romano”, atual, com apoio do mundo empresarial do capitalismo, a oprimir e a escravizar o povo brasileiro e os demais povos que a ele se submetem, voluntariamente e/ou pela força.
Mesmo não querendo acreditar, infelizmente, entre os oprimidos e escravizados, está o Brasil. Um país que bate continência para a bandeira do opressor e vê todas as suas instituições, principalmente as mais produtivas, serem desarticuladas e divididas em pedaços, para facilitar a entrega aos seus opressores.
A situação do Brasil está retratada no texto bíblico que aborda a questão de Zaqueu. O povo brasileiro é como o povo de Jericó:
- sofre o domínio do “Império Romano” atual;
- vê pessoas e instituições do seu país, servindo ao opressor e aos seus comparsas;
- vê as riquezas do seu País entregues ao domínio estrangeiro;
- vê seus compatriotas serem seus próprios carrascos;
- vê, enfim, sua identidade de povo livre ser transformada em identidade de um povo escravizado pelo opressor e pela própria ignorância.
Assim nos mostra e ensina a Bíblia, nesse caso de Zaqueu e em muitos outros.
Em relação às palavras bíblicas do início deste texto, conclui-se que:
- no Brasil, pode não ficar pedra sobre pedra e tudo será destruído, se o povo brasileiro continuar dizendo amém e aceitando tudo que está acontecendo, sem qualquer atitude que demonstre a sua insatisfação;
- o Brasil e os cristãos brasileiros estão passando por um momento muito difícil. E nesse momento está o fim de tudo. No entanto, ainda não é o fim, apesar dos cataclismas na natureza e das perseguições de muitos tipos. É, então, o momento de “testemunhar a fé e permanecer firmes”. Assim, nós, cristãos brasileiros, ganharemos a vida.
Logo, o cristão brasileiro verá o desaparecimento dos soberbos e dos ímpios e o nascimento do sol da justiça para os que temem o nome do Senhor. (Cf.Ml 3, 19-20)
E os governantes corruptos e desonestos do nosso Brasil, - os religiosos, os do judiciário, os do executivo, os do legislativo - todos vão se arrepender, como Zaqueu e devolver ao povo o que é do povo, ou vão continuar agindo como seus pares de Jericó, capangas do atual “Império Romano”?
Até quando?

Referências:
Revista Família Cristã. Pia Sociedade Filhas de São Paulo. Ano 85. Nº 1006. Outubro de 2019. P. 48. Paulinas. Sâo Paulo (SP) Brasil.
Bíblia Sagrada Ave Maria – Edição de Estudos. 5ª edição. 2015. Edição Claretiana. Editora Ave Maria. São Paulo.

Educação e Cultura: III CAMINHADA TERRA NOVA PARANAGUÁ



III CAMINHADA TERRA NOVA PARANAGUÁ




Amigos, de Terra Nova - Bahia/Brasil, ainda na época da juventude, deixaram a cidade para ir em busca de novos caminhos e novos desafios.
Nos dias 24 e 25 de março de 2017, realizaram uma caminhada, ida e volta, num percurso entre Terra Nova e o povoado de Paranaguá. A distância percorrida foi de, aproximadamente, uma légua ou 6 (seis) km. Portanto, um percurso de 12 Km, para essa I CAMINHADA TERRA NOVA PARANAGUÁ.
O motivo desse evento foi promover o encontro de amigos e parentes que saíram de Terra Nova e têm dificuldade de se encontrarem nos novos caminhos que a vida lhes oferece.
Com a realização dessa I Caminhada, muitos amigos que não puderam participar pediram para realizar a II Caminhada. Assim, aconteceu a II CAMINHADA TERRA NOVA PARANAGUÁ, no mês de dezembro de 2018.
Hoje, 7 de dezembro de 2019, estamos aqui em Terra Nova, para realizar a
III CAMINHADA TERRA NOVA PARANAGUÁ
  
Concentração


A concentração aconteceu, inicialmente, na Praça dos Quiosques, em frente à casa de Vera Maria. Em seguida, o grupo passou para a lanchonete da Praça São Roque, para saborear um café da manhã.
Era o Encontro, acontecendo.
Durante o lanche, foram trocadas muitas ideias que vieram a confirmar o objetivo principal das Caminhadas: O ENCONTRO DOS AMIGOS.
Dentre essas muitas ideias e as propostas do ano anterior, uma modificação na estrutura das CAMINHADAS: A Caminhada passará a se chamar: ENCONTRO DOS AMIGOS DE TERRA NOVA. Esse novo nome deverá seguir a numeração das Caminhadas, ou não.
Com esse novo nome, o Encontro terá uma estrutura diferente. Será programado e divulgado com uma certa antecedência e acontecerá no último sábado do mês de outubro. (Ou outra data a ser combinada.)
Nos novos Encontros, além das Caminhadas, poderão acontecer outras atividades a serem programadas pela Comissão Organizadora.
É bom lembrar que essas modificações na estrutura do Encontro poderão sofrer modificações. Se você tem interesse em participar desse Encontro, procure a Comissão e solicite a sua inscrição, como também, pode enviar suas sugestões.
É bom lembrar que, no primeiro semestre do próximo ano, deverá acontecer uma prévia desse grande Encontro de outubro.
Ainda na lanchonete, o grupo resolveu inovar. Resolveu ir de carro a Paranaguá.
De Paranaguá, (...)
Êta povo apressado. Quer saber o que mais aconteceu?
Continue lendo.

A arrancada



Saímos, ... quer dizer, pagamos a conta e saímos para os carros.
Fomos para Paranaguá.
Pegamos a estrada de Rio Fundo e, lá, paramos um pouco.
Fotografamos a Igreja Católica, em fase quase final de reconstrução.
Fomos convidados por um membro da Comunidade Católica para participar do samba e feijoada, que acontecerão no próximo dia 29 de dezembro, com a finalidade de adquirir recursos para ajudar na conclusão da reconstrução da Igreja, que está sendo feito com recursos da própria Comunidade.
Daí, seguimos para Paranaguá.
Em Paranaguá, aquele bate papo!
Encontramos até um conterrâneo que, às 9 da manhã, estava “prá lá de Bagdá” e grudou num dos convidados do grupo, integrante de instituições de atividades ambientais em Feira de Santana e no Estado da Bahia. Mas foi uma atitude momentânea, inspirada por “ela”.
Além da cerveja gelada, saboreamos algumas delícias da “culinária cachacística” dos medicamentos, à base de ervas, da farmácia do Bar de Diú.
Também, soubemos que, no dia seguinte, 8 de dezembro, aconteceria a festa em homenagem à Padroeira de Paranaguá, Nossa Senhora da Conceição.
Daí, seguimos para Teodoro Sampaio, o antigo Bom Jardim.





Em Teodoro Sampaio,
vimos uma cidade bem arrumada, bonita e bem cuidada.
Fomos ao novo Centro de Abastecimento e tivemos a grata satisfação de saborear uma cerveja gelada, algumas pingas e tira-gostos, (carnes e jiló cru), comprados e assados no próprio mercado.
Ainda em Teodoro Sampaio, fomos ao bar de D. Bule. Excelente atendimento.
Conversamos, cantamos, sorrimos, sambamos e nos divertimos muito.
Teve gente segurando a coluna, mas não deixou de apresentar seu show particular, lembrando dos velhos tempos, dos Micaretas antigos de Terra Nova.
Saindo desse bar, visitamos alguns amigos e seguimos em direção a Terra Nova.

                                             Terra Nova 15.08.2019 – Véspera do Dia de São Roque
Chegando em Terra Nova, nos dirigimos ao Bar de Rêa, em Caraconha, quase em frente ao antigo Bar de Job.
Prestamos, aqui, a nossa homenagem póstuma a Job, grande amigo de muitos do nosso grupo. Uma pessoa muito querida de todos, em Terra Nova.
Deus dê a ele o descanso eterno.
No Bar de Rêa, novas histórias.
Encontramos outros amigos e as conversas se diversificaram.
Mais tarde, lá prás 21:30, seguimos para o centro da cidade e resolvemos passar na casa da prima Vera. Encontramos a casa fechada. Perdemos o feijão.
Voltamos para a Praça São Roque e nos dirigimos ao Bar de Orete, para procurar o que comer. Pedimos um caldo de sururu. Enquanto o amigo que nos atendia foi providenciar o caldo, chegou um outro amigo, que já tinha se desligado do grupo há alguns minutos, apressado, dizendo que estava procurando por nós.
Para quê?
Para comer uma galinha que ele tinha encomendado, num bar, do outro lado da cidade, perto da área da antiga usina de açúcar, no Caípe.
Chegamos lá e, num ambiente muito agradável, saboreamos uma deliciosa galinha cozida.
Dali, fomos para casa.
Era pouco mais da meia noite.
Era segunda feira.
Tomamos um bom banho.
Sentamos na cozinha para resenhar, como dizem os mais novos, ao sabor de três latinhas de Boêmia e ficamos até as 2 da madruga.
Fomos dormir.
Terminou o Encontro da III CAMINHADA TERRA NOVA PARANAGUÁ.

Muito obrigado a todos!
Parabéns, pela sua participação!
Um abraço!
A Comissão.

Observações:
1.    Enviem sugestões para o próximo Encontro, inclusive, sobre a data a ser realizado.
2.    Venham participar do Encontro do 1º Semestre de 2020.
3.    Deixamos de postar outras fotos do grupo, tiradas em cada localidade por onde passamos, porque o nosso fotógrafo cometeu um engano, na hora de passar as fotos da máquina profissional para o computador:
- Ele apagou tudo.

sábado, 30 de novembro de 2019

Educação e Religiosidade: Ano Novo Litúrgico


Ano Novo Litúrgico

Refletindo sobre a festa da nossa Paróquia, lembrei que ela se situa no mês de novembro, dia 1º, junto com o Dia de Finados, dia 02, e o Dia Nacional de Ação de Graças, dentre outras festas também importantes do calendário civil e litúrgico. Lembrei também que este mês reúne as últimas semanas do final do ano litúrgico.
Concluí que estas celebrações convidam as pessoas para viverem a sua santidade por toda a vida (Dia de Todos os Santos) e depois da morte (Dia de Finados), bem como, encerra esse ciclo com o louvor e o agradecimento a Deus (Dia Nacional de Ação de Graças).
Então, entendi que essa programação é uma sábia maneira criada pela nossa querida Igreja Católica para nos preparar para a grande festa do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, no início do NOVO ANO LITÚRGICO, tempo do Adevento.
Para compreender melhor, vejam o que encontrei sobre a estrutura do ANO LITÚRGICO:
I – CICLO DO NATAL
1.  ADVENTO - É o início do Ano Litúrgico e acontece nas 04 (quatro) semanas que antecedem o Natal.
2.  Logo, o primeiro domingo do Advento é o primeiro dia do ano novo.
Nesse período, vivemos a expectativa diante do Cristo que irá nascer de novo em nossos corações, libertando-nos dos nossos pecados.
3.  NATAL - Período que contém a Noite Feliz do nascimento de Jesus Cristo.
4.  EPIFANIA - Festejada no domingo seguinte ao Natal, lembra a manifestação de Jesus como Filho de Deus. Inclui a festa dos Reis Magos, dizendo que Jesus veio para todos os povos. Inclui também outras festas como a Apresentação do Senhor, no dia 02 de fevereiro.
II – CICLO PASCAL
1.  QUARESMA - Começa na Quarta-feira de Cinzas e vai até o Domingo de Ramos. São quarenta dias de um tempo de conversão e penitência, quando a Igreja nos convida ao jejum, à esmola e à oração. (Mt 6,1-8.16-18).
É um tempo de preparação para a Páscoa do Senhor e nos lembra da caminhada de 40 anos do Povo de Deus no deserto.
2.  PÁSCOA - Tem início com a Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa, e vai até a Festa de Pentecostes.
Na 5ª feira, se celebra a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, e a Missa do Crisma, que reúne todos os Padres da Diocese junto ao Bispo.
Na sexta-feira, único dia do ano que não tem Missa, ocorre a celebração da Paixão e Morte de Jesus Cristo.
No sábado, é realizada a Vigília Pascal.
Esse Tríduo Pascal prepara os fiéis para a o Domingo da Ressurreição.
3.  PENTECOSTES - É celebrado 50 dias após a Páscoa, quando Jesus volta ao Pai e envia o Espírito Santo para dar apoio a todos nós componentes da Igreja de Cristo, na caminhada em direção à casa do Pai.
III – TEMPO COMUM
Este período se estende por 34 semanas, da Epifania até a Quaresma e do Pentecostes até o Advento.
É o tempo de cada um mostrar que fez opção por viver, no dia a dia, conforme os ensinamentos do Evangelho de Jesus Cristo, pondo em prática tudo o que aprendemos e vivemos no Ciclo do Natal e no Ciclo Pascal.
Por tudo isso, lhes convoco:
- Vamos festejar a chegada do Ano Novo Litúrgico e
 vamos preparar a nossa casa e nosso coração
 para receber Jesus Cristo, 
no Natal.
Cosme Castor


* Texto de minha autoria, publicado no jornal “Nossa Gente”, da Paróquia de Todos os Santos, Arquidiocese de Feira de Santana, em dezembro de 2012.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Educação e Religiosidade: Ser Santo? Uma criação do homem? Uma proposta de Deus?



Ser Santo?
Uma criação do homem?
Uma proposta de Deus?

Vamos à Bíblia?
No Antigo Testamento, livro do Levítico, vamos verificar que Deus é Santo e convida a todas as pessoas a serem santas, também. A Bíblia registra a palavra de Deus que nos diz: “Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Lv 19,2; 20,26)
No Novo Testamento, Jesus Cristo diz que Ele e o Pai são uma só pessoa: “... como nós somos um”. (Jo 17,11). Então, Jesus também é santo. E o mesmo Jesus recomenda a todos nós: “Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai Celeste é perfeito” (Mt 5, 48). Na Primeira Carta aos Tessalonicenses, vamos aprender que “a vontade de Deus é que sejais santos” (1Ts).
Ser santo, então, é atender à vontade de Deus em nossa vida; é viver, seguindo a recomendação de Jesus. Logo, todos os que vivem o Evangelho são santos, especialmente, os que já viveram o Evangelho e, hoje, já se encontram na casa do Pai.
Portanto, os santos não são deuses, nem ocupam o lugar de Deus. Os santos não são invenção dos homens. Os santos são criaturas de Deus que souberam corresponder ao amor e à confiança de Deus. Eles tiveram uma vida muito mais próxima de Deus, vivendo uma fé no único e verdadeiro Deus, revelado em Jesus Cristo.
Não há qualquer pecado, qualquer crime, em venerar e respeitar os santos como amigos especiais de Deus porque eles são exemplos para nós; eles viveram aqui na terra conforme a vontade de Deus e as recomendações de Jesus Cristo, como está na Bíblia e que citamos no início deste texto.
Os santos intercedem por nós, como também está na Bíblia, quando nos mostra que Deus opera milagres pela intercessão dos santos, como na cura do coxo de nascença, por intercessão de São Pedro e São João, junto à porta do Templo (Atos 3, 1-9) e os prodígios que Deus fez por intercessão de São Paulo (19, 11-12).
É bom ficar bem claro que quem opera o milagre é Deus e o único mediador entre Deus e o homem é Jesus. Ele mesmo disse que “o Pai dará a vocês tudo o que pedirdes em meu nome” (Jo 15, 16). Então, quando um cristão faz um pedido a Deus, através de um Santo, está confiando na amizade maior daquele Santo com Jesus. O cristão está acreditando que o Santo tem uma aproximação muito maior com Jesus e um jeito especial de falar com Jesus, muito melhor do que ele mesmo. O cristão católico honra o santo porque acredita que o santo opera em nome de Jesus e acredita também que só em Jesus está a fonte do amor de Deus.
A Igreja dá destaque para uma santa, em especial: Maria Santíssima, Mãe de Jesus. E é na Bíblia que vamos encontrar razão para esse destaque. Ela foi anunciada pelo profeta Isaías, que viveu por volta de 700 anos antes de Cristo, quando disse: “Pois bem, o próprio Senhor vos dará um sinal. Eis que a moça conceberá e dará à luz e lhe porá o nome de Emanuel” (Is 7,14). Então, a Bíblia confirma que Maria foi escolhida por Deus para ser a Mãe de Jesus. Podemos ver em Lc 1,41-42; 45, que Isabel reconhece em Maria a Mãe do Senhor, que a visita. Em Lc 1,28, o Anjo a saúda como “Cheia de Graça”; todas as gerações a chamarão de Bem-aventurada (Lc 1,48); intercedeu por aquela família que celebrava o casamento de um de seus membros, quando faltou vinho. Como convidados naquela festa, ela tomou a iniciativa e pediu ao seu Filho, Jesus Cristo, que ajudasse àquele casal, porque faltou vinho na festa. E para o mestre de cerimônias disse: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5). É como um testamento deixado para nós, Povo de Deus: Vivamos a nossa vida fazendo tudo o que Jesus disse para nós e que encontramos na Bíblia, especialmente, nos Evangelhos.
Maria não é uma invenção dos homens.
Maria é uma invenção de Deus.
Ela é uma escolha de Deus.
Deus quis se fazer homem para poder se comunicar melhor com o próprio homem. E escolheu Maria para ser a Mãe do seu filho, Jesus Cristo.
Por isso, o homem, acatando a proposta de Jesus Cristo, - “Eis aí tua Mãe” (Jo 19,27) – adota Maria como sua Mãe.
Podemos dizer que Maria é o caminho mais curto para chegarmos a Jesus.
Portanto, o cristão acredita no santo porque Jesus garantiu que “quem crer em mim, fará as obras que eu faço, e fará maiores do que estas...” (Jo 14,12). E nos deixou o Espírito Santo para nos ajudar em nossa caminhada (Jo 20,22).
Assim, o cristão católico honra o santo porque acredita e põe em prática tudo isso que Deus revelou através da Bíblia, que Jesus ensinou e que o Espírito Santo anima e orienta.
A devoção aos santos e, especialmente, a Maria
nos leva a Jesus Cristo.
Como?
Fazendo tudo o que Jesus disser para cada um de nós.
Cosme Castor

(Texto elaborado por mim e publicado no jornal Nossa Gente, da Paróquia de Todos os Santos, Arquidiocese de Feira de Santana, em novembro de 2012).

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Educação e Vida: Duas histórias tristes


Duas histórias tristes
 Estas duas histórias foram enviadas para o meu número de Whats App. 
Resolvi transcrevê-las para este Blog.
I. A escravidão mudou de forma mas persiste na vida do povo brasileiro.
Até as igrejas que se dizem cristãs, que apoiaram a escravidão no Brasil, continua dando esse apoio e confessando aos quatro cantos do mundo que continuam cristãs.
SERÁ?

[23/10 02:25] Ao chegar no Brasil e ver de perto a escravidão, Darwin escreveu esse relato:

“Perto do Rio de Janeiro, minha vizinha da frente era uma velha senhora que tinha umas tarraxas com que esmagava os dedos de suas escravas. Em uma casa onde estive antes, um jovem criado mulato era, todos os dias e a todo momento, insultado, golpeado e perseguido com um furor capaz de desencorajar até o mais inferior dos animais. Vi como um garotinho de seis ou sete anos de idade foi golpeado na cabeça com um chicote (antes que eu pudesse intervir) porque me havia servido um copo de água um pouco turva… 

E essas são coisas feitas por homens que afirmam amar ao próximo como a si mesmos, que acreditam em Deus, e que rezam para que Sua vontade seja feita na terra! O sangue ferve em nossas veias e nosso coração bate mais forte, ao pensarmos que nós, ingleses, e nossos descendentes americanos, com seu jactancioso grito em favor da liberdade, fomos e somos culpados desse enorme crime.”
(Charles Darwin, A Viagem do Beagle – Whats App, 23.10.2019)


II. Esta segunda história, nos fala de uma situação política do Brasil, que sofreu uma reforma desastrosa. 
Sim.
Desastrosa.
O povo brasileiro, que não conseguiu libertar-se totalmente da escravidão, vê seus direitos confiscados, fazendo-o voltar muitos passos, dentre os conquistados na direção de sua libertação.
QUE FAZER?

 [23/10 05:37] Num país imensamente pobre e desigual, em que parte significativa da sociedade é solene e historicamente desassistida, é aprovada a reforma que mantém privilégios de quem tem privilégios, amplia desigualdades e desequilíbrios sociais e regionais, que afaga os militares - afinal, se um dia o povo acordar serão eles usados para manter a "ordem", descendo o cacete no próprio do povo do qual fazem parte -, que atende aos banqueiros e especuladores, que preserva vantagens na parte de cima da estrutura enquanto arranca o couro e o osso dos que estão embaixo.

Às professoras e professores, nosso pesar e nossa promessa de continuar lutando, como fizemos até aqui, mesmo, muitas vezes, sem eco, sem os nossos ao nosso lado, apesar de todos os alertas e chamamentos. Aos trabalhadores e cidadãos em geral, a manutenção da convocação para a luta permanente, pois é o que nos resta.

Homens brancos urbanos endinheirados decidem o destino de uma sociedade plural e densa. "Nossos" representantes, escolhidos por "nós". Restaram em nossa defesa as Genis que muitos embarcaram na onda de defenestrar para, ao fim, entregar o país ao que de pior se apresentou. Foram bravos estes que nos defenderam tentando impedir tamanho mal, mas foram poucos e insuficientes, porque "nós escolhemos" outros. 

Arminha com a mão, bíblia sob o braço, crucifixo no peito e absolutamente nenhum apego aos pretos, aos pobres, às mulheres, aos idosos, aos desvalidos, aos trabalhadores. Ouvidos apenas dispostos a aceitar o que a elite dita. Zero escuta ao povo e seus clamores. Escolhas. Escolhas...

Sigamos na luta, porque é a única coisa que resta a quem tem o mínimo de decência e o espírito da desobediência.
(Prof. Marialvo Barreto – Whats App, 23.10.2019)

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Educação e Religiosidade: 4º Encontro Bíblico Semanal de Setembro 2019




Terço dos Homens – Comunidade Santo Inácio de Loyola
Paróquia de Todos os Santos- Arquidiocese de Feira de Santana
4º Encontro: Refletindo sobre os “Primeiros passos com a Bíblia”
Observações:
Encontro preparado e coordenado pelos paroquianos Francisco de Sião e Cosme Castor, para ajudar nas reflexões, durante o 4º Encontro Bíblico, semanal, deste mês de setembro, do ano de 2019. Feira de Santana. Estado da Bahia/Brasil. Em 26.09.2019.
Local: Associação de Moradores do Conjunto Habitacional Dr Milton Gomes Costa, no Bairro da Queimadinha.
“A Bíblia é, antes de tudo, palavra de Deus para nós. Por isso, a sua interpretação e leitura devem ser feitas com a convicção de fé de que Deus nos fala por meio da Bíblia. E Ele fala não para que nós nos fechemos no estudo e na leitura da Bíblia, mas para que, pela leitura e pelo estudo da Bíblia, possamos descobrir a Palavra Viva de Deus dentro da história de nossa comunidade e do nosso povo”. (Mesters, 1985. p. 32)
I.             Abertura:
II.            Canto de Entrada:
III.          Oração ao Espírito Santo:
Vinde Espírito Santo! Enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado. E renovareis a face da terra.
Oremos: Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém”!
IV.          Canto de Aclamação ao Evangelho:
V.           Evangelho: Lc 9, 7-9:
VI.          Comentário:
“O interesse de Herodes. Enquanto os Doze estão em missão, Lucas aproveita para nos narrar a curiosidade de Herodes a respeito de Jesus. A inquietação de Herodes não se deve nem a motivações de fé nem a questões de consciência, e sim aos comentários e opiniões encontrados no meio do povo. Existem duas questões de fundo aqui: 1) A essa altura ainda não havia uma percepção clara sobre a identidade de Jesus, e 2) Lucas aproveita as próprias palavras de Herodes para nos transmitir a notícia sobre a morte de João. O evangelista evita dar o relato completo das circunstâncias dessa morte como o fez Marcos. (Mc 6, 14 – 29) (Bíblia Sagrada. 2015. p.1640).
VII.        Reflexões:
As reflexões deste 2º Encontro tiveram como base o conteúdo do livro “Primeiros passos com a Bíblia”, conforme Referências abaixo citadas, quando foram abordados os seguintes temas:
a)    Livros do Antigo Testamento (Continuação):
1.    Pentateuco
2.    Livros Históricos
3.    Livros Sapienciais e Poéticos
4.    Livros Proféticos
VIII.       Canto final:
Referências:
Bíblia Sagrada Ave Maria – Edição de Estudos. 5ª edição. Edição Claretiana. Editora Ave Maria. São Paulo. 2015.
Bazaglia, Paulo. Primeiros passos com a Bíblia. (Material promocional para o mês da Bíblia). PAULOS. São Paulo. 2019.
Mesters, Frei Carlos. Bíblia, livro feito em mutirão. 9ª edição. Edições Paulinas. São Paulo. 1985.