sábado, 7 de setembro de 2019

Educação e Religiosidade: 1º Encontro Bíblico Semanal de Setembro 2019

Terço dos Homens – Comunidade Santo Inácio de Loyola
Paróquia de Todos os Santos- Arquidiocese de Feira de Santana
1º Encontro: Refletindo sobre as Sagradas Escrituras

Observações:
1.     Texto preparado pelo irmão Cosme Castor de Cerqueira, para ajudar nas reflexões, durante os Encontros Bíblicos, semanais, deste mês de setembro, do ano de 2019. Feira de Santana. Estado da Bahia/Brasil. Em 06.09.2019
2.    Queremos sugestões de temas para os demais (03) Encontros.
“Sua Santidade o Papa Pio XII, em 1943, na Encíclica ‘Divino Afflante Spiritu’, assim determinou:
A autoridade da Vulgata (tradução latina) em matéria de doutrina não impede – antes, nos nossos dias quase exige – que a mesma doutrina se prove e confirme também com os textos originais, e que se recorra aos mesmos textos para encontrar e explicar cada vez melhor o verdadeiro sentido das Sagradas Escrituras”. (Bíblia Sagrada. 2015. p.5)
I.             Abertura:
II.            Canto de Entrada:
III.          Oração ao Espírito Santo:
Vinde Espírito Santo! Enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado. E renovareis a face da terra.
Oremos:
Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém”!
IV.          Canto de Aclamação ao Evangelho:
V.           Evangelho: Lc 5, 33 – 39:
VI.          Comentário:
Lc 5, 33-39. Sobre o Jejum. O Messias já está no meio do povo, e só os que O aceitam como tal celebram essa presença como um banquete permanente; esta é a chave para entender as comparações que Jesus propõe em relação à novidade de sua pessoa e de sua obra (vv.36-39): uma realidade tão notável como a missão de Jesus que começa por acolher os excluídos, os marginalizados e os pecadores, não se ajusta a expectativas tão rígidas e tão insensíveis como as que movem a religiosidade dos principais escribas e fariseus”. (Bíblia Sagrada. 2015. p.1631)
VII.        Reflexões:
a)    “Como ler a Sagrada Bíblia
Para ler a Bíblia com todo o proveito, o cristão necessita ser esclarecido a respeito de cada um dos 73 livros que a compõem, sob QUATRO PONTOS DE VISTA que se completam mutuamente.
Em primeiro lugar, possuir algumas noções sobre o gênero e as particularidades literárias da obra. Em seguida, situar o escrito em seu contexto histórico, levando-se em conta as circunstâncias que causaram seu aparecimento, seus destinatários imediatos, etc. Essas indicações lhe permitirão compreender bem as modalidades do ensino religioso dado pelo escritor a seus contemporâneos. Finalmente, saber colocar esse ensino no quadro da revelação total, no lugar que lhe cabe dentro da evolução providencial em vista da perfeição cristã. (Bíblia Sagrada. 2015. p.10)”
Como se vê, para ler a Bíblia, precisamos nos preparar, com cuidado, para obtermos melhor condição de entender e assimilar bem a sua mensagem. Como não é muito fácil atender a esses “quatro pontos de vista” acima citados, nós colocamos, a seguir, a nossa sugestão:
Sou Professor e, por volta dos anos 70 e 80, eu ensinava Português nas turmas de 7ª e 8ª séries, no Colégio Santo Antônio, dentre outros, em Feira de Santana e em outras cidades da Bahia/Brasil. Visando a despertar mais o interesse dos alunos para o estudo da língua, sugeri que comprassem um caderno. Esse caderno seria utilizado somente como um diário. O aluno assumia um compromisso de escrever algo nesse caderno, todos os dias. Começava com a data, o dia da semana e o horário e continuava com o que quisesse acrescentar: uma poesia, uma piada, um segredo, uma mensagem copiada ou de sua autoria, um texto da própria autoria ou qualquer outro artigo que estivesse com vontade de ali registrar. Se não estivesse com vontade de escrever, apenas, informava esse fato. E eu completava a proposta dizendo que, ao final da unidade, esse diário seria apresentado a mim. Eu olhava, mas eu só iria ler o que eles me autorizassem. O resultado foi muito positivo.
Outra boa experiência eu vivi como aluno do curso de Teologia Catequética, nos anos de passagem do milênio, (anos 1999/2000) no Instituto Lumen Christi, Arquidiocese de São Salvador, Estado da Bahia, Brasil. Nos estudos das disciplinas Pastoral da Oração II e Teologia da Vida Espiritual II, a Profª Irmã Gervis fez uma solicitação semelhante. O detalhe foi que o aluno deveria utilizar a liturgia diária da Igreja Católica, como ponto de partida para os seus estudos e escritos, como também, para as suas reflexões diárias. Esse ato nos trouxe um grande conforto espiritual.
Para nós, aqui, nos nossos encontros semanais de setembro, e para quem mais ler esse texto, fazemos também essa proposta da criação do seu Diário Bíblico. Esta nossa proposta é para começar agora e continuar por todos os setembros vindouros, por toda a sua vida. Comece hoje.
b)   Vamos conhecer melhor a Bíblia?
Setembro, mês da Bíblia e da Primavera, assim festejamos. Podemos até dizer que as flores da primavera vêm enfeitar as celebrações da Palavra de Deus. As flores, criação de Deus, com a beleza e com a alegria que elas inspiram, facilitam a nossa aproximação com a mensagem que as Sagradas Escrituras nos transmitem.
Aproveitemos então esse ambiente alegre e cheio de beleza e perfume das flores para refletir sobre as Sagradas Escrituras.
Para orientar os estudos, nos nossos encontros, utilizaremos algumas questões, dentre outras:
- A Bíblia é um livro? É uma coleção de livros? É uma biblioteca?
- Deus pegou caneta e papel e Ele mesmo escreveu todos os livros da Bíblia?
- Como surgiu a Bíblia?
- A Palavra de Deus está somente na Bíblia?
- Como ter certeza de que, quando se lê a Bíblia, está realmente lendo a Palavra de Deus?
Como nos indicam os “quatro pontos de vista” citados anteriormente, os livros foram escritos em épocas diferentes, em estilos diferentes e em situações sociais e religiosas diferentes. A informação que temos é que o primeiro livro da Bíblia, no Antigo Testamento – AT, começou a ser escrito por volta do ano 1100 a.C. (antes de Cristo). O último livro, já no Novo Testamento - NT, foi escrito depois de Cristo, (d.C.) no período entre o final do século I e o início do século II.
A história da formação da Bíblia teve um período anterior à escrita. Inicialmente, a Palavra de Deus foi transmitida ao homem pela tradição oral. No entanto, a partir do tempo do rei Davi, essa transmissão começou a ser feita pela escrita e teve muitos autores humanos. Apesar de inspirados por Deus, esses escritores escreviam de um jeito humano, sofrendo assim, todas as influências do seu tempo, relativas ao período em que viveram. Daí nasceram as nossas dificuldades para entender melhor a mensagem.
Com todas essas características humanas de escrever, como disse São Paulo a Timóteo, uma coisa é certa:
“Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra (2Tm 3,16-17)”. (Chave Bíblica Católica. 2012. p.3)
São Paulo fala também a Timóteo que é importante conhecer as Sagradas Escrituras porque elas “proporcionam a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em Jesus Cristo”, conforme 2Tm 3,15.
Na Bíblia, encontramos muitos textos que falam diretamente sobre a leitura da Bíblia e, aqui, destacamos alguns deles:
“E tomou o livro da aliança e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos. (Ex 24:7)
E o terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor seu Deus, para guardar todas as palavras desta lei, e estes ...” (Dt 17,19)
Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque ..” (Js 1,8)
“Buscai no livro do Senhor, e lede; nenhuma destas coisas faltará, ninguém faltará com a sua companheira; porque a minha boca tem ordenado, e o seu ..” (Is 34,16)
“... de volta para casa, sentado em sua carruagem, lia o livro do profeta Isaías. 29 E o Espírito disse a Filipe: "Aproxime-se dessa carruagem e acompanhe-a". (At 8,28)
“Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança”. (Rm 15:4)
Para concluir esse primeiro encontro, queremos lembrar que “A Bíblia nasceu dentro de uma comunidade de fé. É só com o olhar de fé da comunidade que pode ser captada e entendida plenamente”. (Masters. 1985. p.31)

VIII.       Sugestões de temas para os demais encontros:
IX.          Canto final:

Referências:
Bíblia Sagrada Ave Maria – Edição de Estudos. 5ª edição. Edição Claretiana. Editora Ave Maria. São Paulo. 2015.
Chave Bíblica Católica / Organizado pela Equipe Editorial Ave-Maria. Editora Ave-Maria. São Paulo. 2012.
Masters, Frei Carlos. BÍBLIA: livro feito em mutirão. 9ª edição. Edições Paulinas. São Paulo. 1985

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