Terço dos Homens – Comunidade
Santo Inácio de Loyola
Paróquia de Todos os Santos- Arquidiocese
de Feira de Santana
1º Encontro: Refletindo sobre
as Sagradas Escrituras
Observações:
1. Texto
preparado pelo irmão Cosme Castor de Cerqueira, para ajudar nas reflexões,
durante os Encontros Bíblicos, semanais, deste mês de setembro, do ano de 2019.
Feira de Santana. Estado da Bahia/Brasil. Em 06.09.2019
2. Queremos
sugestões de temas para os demais (03) Encontros.
“Sua Santidade
o Papa Pio XII, em 1943, na Encíclica ‘Divino Afflante Spiritu’, assim
determinou:
A
autoridade da Vulgata (tradução latina) em matéria de doutrina não impede –
antes, nos nossos dias quase exige – que a mesma doutrina se prove e confirme também
com os textos originais, e que se recorra aos mesmos textos para encontrar e
explicar cada vez melhor o verdadeiro sentido das Sagradas Escrituras”. (Bíblia
Sagrada. 2015. p.5)
I.
Abertura:
II.
Canto de Entrada:
III.
Oração ao Espírito Santo:
Vinde Espírito
Santo! Enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso
amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado. E renovareis a face da terra.
Oremos:
Deus,
que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei
que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos
sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém”!
IV.
Canto de Aclamação ao Evangelho:
V.
Evangelho: Lc 5, 33 – 39:
VI.
Comentário:
“Lc 5,
33-39. Sobre o Jejum. O Messias já está no meio do povo, e só os que O
aceitam como tal celebram essa presença como um banquete permanente; esta é a
chave para entender as comparações que Jesus propõe em relação à novidade de
sua pessoa e de sua obra (vv.36-39): uma realidade tão notável como a missão
de Jesus que começa por acolher os excluídos, os marginalizados e os pecadores,
não se ajusta a expectativas tão rígidas e tão insensíveis como as que
movem a religiosidade dos principais escribas e fariseus”. (Bíblia
Sagrada. 2015. p.1631)
VII.
Reflexões:
a) “Como
ler a Sagrada Bíblia
Para
ler a Bíblia com todo o proveito, o cristão necessita ser esclarecido a
respeito de cada um dos 73 livros que a compõem, sob QUATRO PONTOS DE VISTA que
se completam mutuamente.
Em
primeiro lugar, possuir algumas noções sobre o gênero e as particularidades
literárias da obra. Em seguida, situar o escrito em seu contexto
histórico, levando-se em conta as circunstâncias que causaram seu
aparecimento, seus destinatários imediatos, etc. Essas indicações lhe
permitirão compreender bem as modalidades do ensino religioso dado pelo
escritor a seus contemporâneos. Finalmente, saber colocar esse ensino no quadro
da revelação total, no lugar que lhe cabe dentro da evolução providencial em
vista da perfeição cristã. (Bíblia Sagrada. 2015. p.10)”
Como
se vê, para ler a Bíblia, precisamos nos preparar, com cuidado, para obtermos
melhor condição de entender e assimilar bem a sua mensagem. Como não é muito fácil atender a esses “quatro pontos de
vista” acima citados, nós colocamos, a seguir, a nossa sugestão:
Sou Professor
e, por volta dos anos 70 e 80, eu ensinava Português nas turmas de 7ª e 8ª
séries, no Colégio Santo Antônio, dentre outros, em Feira de Santana e em
outras cidades da Bahia/Brasil. Visando a despertar mais o interesse dos alunos
para o estudo da língua, sugeri que comprassem um caderno. Esse caderno seria
utilizado somente como um diário. O aluno assumia um compromisso de escrever
algo nesse caderno, todos os dias. Começava com a data, o dia da semana e o
horário e continuava com o que quisesse acrescentar: uma poesia, uma piada, um
segredo, uma mensagem copiada ou de sua autoria, um texto da própria autoria ou
qualquer outro artigo que estivesse com vontade de ali registrar. Se não
estivesse com vontade de escrever, apenas, informava esse fato. E eu completava
a proposta dizendo que, ao final da unidade, esse diário seria apresentado a
mim. Eu olhava, mas eu só iria ler o que eles me autorizassem. O resultado foi
muito positivo.
Outra
boa experiência eu vivi como aluno do curso de Teologia Catequética, nos anos
de passagem do milênio, (anos 1999/2000) no Instituto Lumen Christi,
Arquidiocese de São Salvador, Estado da Bahia, Brasil. Nos estudos das
disciplinas Pastoral da Oração II e Teologia da Vida Espiritual II, a Profª Irmã
Gervis fez uma solicitação semelhante. O detalhe foi que o aluno deveria
utilizar a liturgia diária da Igreja Católica, como ponto de partida para os
seus estudos e escritos, como também, para as suas reflexões diárias. Esse ato
nos trouxe um grande conforto espiritual.
Para
nós, aqui, nos nossos encontros semanais de setembro, e para quem mais ler esse
texto, fazemos também essa proposta da criação do seu Diário Bíblico. Esta
nossa proposta é para começar agora e continuar por todos os setembros
vindouros, por toda a sua vida. Comece hoje.
b) Vamos
conhecer melhor a Bíblia?
Setembro,
mês da Bíblia e da Primavera, assim festejamos. Podemos até dizer que as flores
da primavera vêm enfeitar as celebrações da Palavra de Deus. As flores, criação
de Deus, com a beleza e com a alegria que elas inspiram, facilitam a nossa
aproximação com a mensagem que as Sagradas Escrituras nos transmitem.
Aproveitemos
então esse ambiente alegre e cheio de beleza e perfume das flores para refletir
sobre as Sagradas Escrituras.
Para
orientar os estudos, nos nossos encontros, utilizaremos algumas questões,
dentre outras:
- A
Bíblia é um livro? É uma coleção de livros? É uma biblioteca?
- Deus
pegou caneta e papel e Ele mesmo escreveu todos os livros da Bíblia?
- Como
surgiu a Bíblia?
- A
Palavra de Deus está somente na Bíblia?
- Como
ter certeza de que, quando se lê a Bíblia, está realmente lendo a Palavra de
Deus?
Como
nos indicam os “quatro pontos de vista” citados anteriormente, os livros foram
escritos em épocas diferentes, em estilos diferentes e em situações sociais e
religiosas diferentes. A informação que temos é que o primeiro livro da Bíblia,
no Antigo Testamento – AT, começou a ser escrito por volta do ano 1100 a.C.
(antes de Cristo). O último livro, já no Novo Testamento - NT, foi escrito
depois de Cristo, (d.C.) no período entre o final do século I e o início do
século II.
A
história da formação da Bíblia teve um período anterior à escrita.
Inicialmente, a Palavra de Deus foi transmitida ao homem pela tradição oral. No
entanto, a partir do tempo do rei Davi, essa transmissão começou a ser feita
pela escrita e teve muitos autores humanos. Apesar de inspirados por Deus,
esses escritores escreviam de um jeito humano, sofrendo assim, todas as
influências do seu tempo, relativas ao período em que viveram. Daí nasceram as
nossas dificuldades para entender melhor a mensagem.
Com
todas essas características humanas de escrever, como disse São Paulo a
Timóteo, uma coisa é certa:
“Toda
a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para
corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito,
capacitado para toda boa obra (2Tm 3,16-17)”. (Chave Bíblica
Católica. 2012. p.3)
São
Paulo fala também a Timóteo que é importante conhecer as Sagradas Escrituras
porque elas “proporcionam a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em Jesus
Cristo”, conforme 2Tm 3,15.
Na
Bíblia, encontramos muitos textos que falam diretamente sobre a leitura da Bíblia
e, aqui, destacamos alguns deles:
“E tomou o livro da aliança e o leu aos ouvidos
do povo, e eles disseram: Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e
obedeceremos. (Ex 24:7)
“E o terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida, para
que aprenda a temer ao Senhor seu Deus, para guardar todas as palavras desta
lei, e estes ...” (Dt 17,19)
“Não se aparte
da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas
cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque ..” (Js
1,8)
“Buscai no livro do
Senhor, e lede; nenhuma destas coisas faltará, ninguém faltará com a sua
companheira; porque a minha boca tem ordenado, e o seu ..” (Is 34,16)
“... de volta para casa,
sentado em sua carruagem, lia o livro do profeta Isaías. 29 E
o Espírito disse a Filipe: "Aproxime-se dessa carruagem e
acompanhe-a". (At 8,28)
“Porque tudo o que
dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e
consolação das Escrituras tenhamos esperança”. (Rm 15:4)
Para concluir esse
primeiro encontro, queremos lembrar que “A Bíblia nasceu dentro de uma
comunidade de fé. É só com o olhar de fé da comunidade que pode ser captada e entendida
plenamente”. (Masters. 1985. p.31)
VIII. Sugestões de temas para
os demais encontros:
IX.
Canto final:
Referências:
Bíblia
Sagrada Ave Maria – Edição de Estudos. 5ª edição. Edição
Claretiana. Editora Ave Maria. São Paulo. 2015.
Chave
Bíblica Católica / Organizado pela Equipe Editorial Ave-Maria. Editora
Ave-Maria. São Paulo. 2012.
Masters, Frei Carlos.
BÍBLIA: livro feito
em mutirão. 9ª edição. Edições Paulinas. São Paulo. 1985
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