Congregação Mariana de Feira de Santana
1962 - 1972
Congregado Mariano: Cosme Castor de
Cerqueira
A Congregação Mariana de Feira de Santana,
grupo de jovens da Igreja Católica, foi implantada por Frei Félix de Pacatuba,
na comunidade dirigida pelos Padres Capuchinhos.
Funcionou por 10 anos, entre 1962 e
1972.
Nos últimos anos desse período, quando Frei
Félix foi transferido para a cidade de Alagoinhas, esse trabalho de
evangelização da juventude de Feira de Santana, na Congregação Mariana,
funcionou sob o comando de Frei Camilo de Potenza Picena.
A Congregação Mariana foi o primeiro movimento
cristão, em Feira de Santana, voltado para a evangelização da juventude.
Esse grupo de jovens se firmou e, sob a orientação de Frei Félix de Pacatuba, realizou belos trabalhos na comunidade, tais como:
1. Programas de Rádio, na Rádio Sociedade de Feira de Santana:
a) "Lições de Cristo", aos domingos,
às 18:30 horas;
b) "Hora da Ave Maria", às 5as. feiras, às 18 horas; este, acompanhando o Frei Félix.
2. A Congregação Mariana e a Cruzada
Eucarística:
Buscando fazer um trabalho mais abrangente,
foi criada a Ala Mirim da Congregação Mariana, visando acolher as crianças
maiores da Cruzada Eucarística, que atingiam a fase da adolescência.
A Cruzada Eucarística foi implantada em Feira de Santana, pelo Frei Mariano de Inhambupe e visava ao desenvolvimento de um trabalho de evangelização das crianças da comunidade.
3. A Congregação Mariana e o Coral Santo
Antônio:
Tendo chegado em Feira de Santana, trazendo
também a ideia de criação de um coral, Frei Marino de Offida fundou o Coral
Santo Antônio.
Para tanto, reuniu os Seminaristas do Convento dos Capuchinhos e os jovens da Congregação Mariana, que muito contribuíram para os primeiros passos e para o crescimento do Coral Santo Antônio.
4. A Congregação Mariana e o SIM - Serviço de
Integração do Migrante:
Os congregados marianos participaram de várias atividades, colaborando com o SIM, junto ao Pastor Josué Melo.
5. Criação de Grupos de Jovens:
Os jovens da Congregação Mariana visitavam as
comunidades nos bairros da cidade e reuniam os jovens, incentivando-os a formar
um grupo e, juntos, participarem das atividades em prol de benefícios para as
suas comunidades.
Assim, foram criados vários grupos, em muitos
bairros.
Alguns desses grupos se destacaram, dentre eles, os dos bairros da Conceição e da Chácara São Cosme.
6. Encontros Bíblicos:
Nas casas dos Congregados Marianos e em outras casas da comunidade, foram realizados Encontros de Formação Bíblica, que tinha uma boa participação das famílias dos Congregados Marianos e de outras pessoas da comunidade.
7. Urbanização de bairros da cidade:
Tomando como base o bairro da Conceição, os
jovens da Congregação Mariana reuniam as pessoas da comunidade para discutirem
sobre as possíveis ações, visando à melhoria das condições de vida dos
moradores daquela localidade.
Na época, o bairro da Conceição era
considerado muito afastado do centro da cidade e, provavelmente, por isso, era
pouco assistido pelo governo municipal.
Com os moradores do bairro da Conceição, os
jovens da Congregação Mariana se organizavam e, formando uma comitiva mista,
reivindicavam melhorias junto à Prefeitura Municipal.
Assim, conseguiram levar os seguintes
benefícios para os moradores do bairro da Conceição:
a) criação de uma Associação de
Moradores;
b) construção de fossas sanitárias, nas
casas;
c) construção e funcionamento de uma Escola,
com o curso Primário;
d) implantação do serviço de transporte
coletivo;
e) outros.
8. Atrativos para os jovens:
Além das atividades voltadas para a
comunidade, sabiamente, o Frei Félix levou os jovens a desenvolverem ações de
formação, dentre elas:
a) Teatro:
Os Congregados Marianos criavam peças de
teatro, com temas bíblicos, e as apresentavam, sempre em consonância com o
calendário litúrgico da Igreja.
As apresentações aconteciam mais nos períodos
do Natal e da Semana Santa, Mês de Maria, sempre nas áreas internas e externas
da Igreja Santo Antônio, nos Capuchinhos.
Atendendo a convites e buscando ampliar as
ações evangelizadoras através do teatro, os Congregados Marianos apresentavam
essas peças em diversas comunidades.
b) Quadrilha
Junina:
Durante os festejos de São João, os
Congregados Marianos organizavam a Quadrilha Junina e, se divertindo, se
apresentavam em Feira de Santana. Quando convidados, iam a outras
cidades.
c) Futebol:
No domingo, após a Missa, tinha sempre
reunião. Nesse encontro dominical, após o momento de formação, eram traçados os
planos de ação do grupo.
Depois da reunião, os Congregados se reuniam
para o baba, atividade que consistia num jogo de futebol, entre amigos. As
meninas, junto aos meninos que não jogavam, ficavam por ali, no bate
papo.
Desse baba, surgiu o time da Congregação
Mariana, que realizava jogos no campo do Convento dos Capuchinhos e em outras
praças esportivas de Feira de Santana e de outras cidades.
Vale salientar que, muitas vezes, esses jogos
foram transmitidos pela Rádio Sociedade de Feira de Santana.
d) Passeios:
Os congregados Marianos organizavam passeios,
sempre ligados na missão de evangelização do próprio grupo e dos irmãos da
comunidade visitada.
Por isso, nessas comunidades, sempre promoviam encontros de formação com a comunidade jovem do local, que eram complementados com momentos de lazer e prática esportiva.
Os símbolos da Congregação Mariana:
1. A Bandeira:
A Bandeira tem a forma retangular e é formada
por 5 faixas, na horizontal, nas cores azul e branca.
Começava pela parte superior, com a cor
branca.
Entre as 1a. e 5a. faixas, junto à margem
esquerda, está inscrito o escudo da Congregação, que contém uma combinação das
letras M, X e P.
Essas letras indicavam a inicial M, do nome de
Maria e as iniciais XP, do nome Cristo, na língua grega.
Essas letras estão numa área azul, dentro de um hexágono.
2. O lema da Congregação Mariana:
O desenho, inscrito na bandeira, representa o
lema da Congregação Mariana:
"A Cristo, por Maria".
3. Saudação:
Os Congregados Marianos usavam a seguinte
expressão para saudarem uns aos outros:
- Salve Maria!
4. Fita Azul:
Nas celebrações litúrgicas, os Congregados Marianos usavam uma fita azul, pendurada no pescoço, que continha o escudo, acima descrito, no encontro das duas pontas da fita.
A Congregação Mariana
contribuiu muito
para a boa formação da juventude de
Feira de Santana.