quarta-feira, 26 de junho de 2024

Educação e Religiosidade: Experiência de Deus

 Experiência de Deus

Resolvi fazer uma experiência de Deus.

Aproveitei a saudosa ausência de Nivaldo para ficar sozinho, em casa, no São João, em 2017.

O ausente: eu, Nivaldo ou nenhum dos dois?

Descobri:

- Eu estava só, mas nunca estive sozinho;

- Ao nascer, logo vi que eu não era eu. Eu era uma extensão de dois seres que já existiam e, por amor, me trouxeram para ser nós, com eles e outros.

Eu era nós: eu, meu pai e minha mãe.

Logo em seguida vi que eu era bem mais do que o nós que eu podia perceber.

Eu era eu, meu pai, (Frutuoso/Nonô de Paranaguá), minha mãe, (Feliciana/D. Bem), irmãos, avós, primos, amigos e mais um mundo de gente do povoado da Usina Terra Nova, da Usina Paranaguá, do município de Santo Amaro da Purificação, do estado da Bahia, do Brasil e de todo o mundo.

Quem disse que parou por aí?

A cada dia eu/nós era mais gente e mais gentes.

Eu/nós era um mundo de gente dentro de um mundo de 5 continentes, dentro de um mundo terra, que fica dentro de um mundo universo.

Descobri que eu jamais consigo ficar só.

Quanto ao eu/nós irmãos, inicialmente, encontrei Raimundo (Mundinho, irmão por parte de Pai), Nilda (Ia) e Nilza (Nena).

Depois, eu cheguei.

Minha avó Zéia, mãe de minha mãe, me disse que antes da minha chegada por aqui, 4 (quatro) irmãs e 1 (um) irmão tentaram vir e não conseguiram. Eu cheguei e fiquei.

Com isso, ela me chamou de “subejo da morte” (termo usado em substituição à expressão “resto da morte”) e disse que eu quase morri, mas resisti.

Minha Avó completou, dizendo que eu vim, cheguei forte, fiquei e segurei os que vieram depois de mim.

Sim!

Depois que eu cheguei, meus pais trouxeram mais 4 (quatro) eu/nós para ficar comigo e com todos nós:

- Nilzete (Nil);

- Nilson (Dica);

- Nivaldo (A ou Azinho ou Badinho); e

- Nilzélia, a caçula.

Portanto, jamais fui somente eu, jamais fui sozinho.

Hoje, aqui dentro de casa, Feira de Santana – Bahia, Brasil, eu senti mais de perto a presença de Deus em mim.

Jesus Cristo e Sua/nossa Mãe Maria estavam ali, também, comigo, a me acompanhar.

Essa presença se traduzia no meu recolhimento, sem solidão.

Isto porque percebia a companhia de Nivaldo, com seu jeito de brincar, de provocar a mim e a Nilson, principalmente, quando o tema era política brasileira.

Eu tinha também a companhia de todos os familiares, mesmo estando eles onde estavam, em Feira, em Terra Nova, em Salvador, em Gandu e em outras localidades, dançando o forró, ou não.

Tenho certeza de que, onde estavam, sentiam a minha presença, através das lembranças do meu jeito de ser, naquelas ocasiões.

Creio que diziam:

- Se painho estivesse aqui, (...);

- Se meu avô estivesse aqui, (...);

- Se Cosme estivesse aqui, (...);

- Se Dadai estivesse aqui, (...).

Creio que todos diziam, também:

- É como se ele estivesse aqui!

- Todos perguntam por ele!

- Tudo aqui nos faz lembrar dele!

- Mas ele quis ficar sozinho!

- Vamos respeitar!

E nem percebiam que eu estava ali, em cada um.

Nem lembraram que Nivaldo estava comigo e eu com ele.

E nem percebiam que todos eles estavam comigo e que não me deixaram só.

Nem percebiam que cada um era eu e, também, que eu sou cada um.

Descobri que a palavra EU é plural. Dispensa até a palavra NÓS, em determinadas situações.

Sinto que EU não sou somente EU.

Sou NÓS, um projeto de Deus

Nenhum comentário:

Postar um comentário