Amigos
Recebi um email falando sobre a Justiça e sua aplicação.
É uma verdadeira “Aula de Direito”, mostrando a cada um de nós que devemos usar os nossos direitos. Jamais devemos omitir a nossa opinião, nem renunciar aos nossos direitos e, nem mesmo, deixar que outros decidam por nós.
Devemos sair do nosso comodismo e partir para a ação, sempre que essa ação venha a beneficiar o nosso irmão, a nossa comunidade.
Essa época de eleição nos traz o melhor exemplo de comodismo: votamos pela vontade dos outros.
Votamos porque as notícias dizem que aquele é o melhor candidato.
É melhor candidato para quem?
Ele vai defender os interesses de quem?
Foi o povo que escolheu os candidatos?
Foi dado ao povo o direito de escolher seus candidatos?
Já notou que você vota num candidato que você não escolheu?
Muitos votam porque, de alguma forma, esperam tirar vantagem da desonestidade da maioria dos candidatos eleitos.
Comentando com amigos, supostamente esclarecidos, sobre a escolha de candidatos que já provaram sua desonestidade ao terem exercido cargos políticos, fui surpreendido com a expressão criada há alguns anos: “Rouba mas faz”. E completou: “Se eu tivesse lá, também aproveitava para tirar o meu”.
Notem, na leitura do texto abaixo, que a ação do Professor de Direito foi injusta, mas todos calaram. Ninguém defendeu o colega que foi expulso injustamente da aula. Nem ele mesmo se defendeu.
Se você não for honesto na sua escolha, vai continuar sem recursos para se defender, elegendo gente desonesta para dirigir o seu Município, o seu Estado, o seu País. Então, não poderá reclamar do dirigente desonesto. Você o elegeu.
Leia o texto abaixo e use os seus direitos nesta eleição.
Lembre-se: não deixe que os outros decidam por você.
AULA DE DIREITO
Uma manhã, quando nosso novo professor de "Introdução ao Direito" entrou na sala, a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:
- Como te chamas?
- Chamo-me Juan, senhor.
- Saia de minha aula e não quero que voltes nunca mais! - gritou o desagradável professor.
Juan estava desconcertado.
Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala.
Todos estávamos assustados e indignados, porém ninguém falou nada.
- Agora sim! - e perguntou o professor - para que servem as leis?...
Seguíamos assustados porém pouco a pouco começamos a responder à sua pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondia o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!!
- Não!!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou timidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso... para que haja justiça.
E agora, para que serve a justiça?
Todos começávamos a ficar incomodados pela atitude tão grosseira.
Porém, seguíamos respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor.
- Para diferençar o certo do errado... Para premiar a quem faz o bem...
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor.
- Para diferençar o certo do errado... Para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal porém... respondam a esta pergunta:
Agi corretamente ao expulsar Juan da sala de aula?...
Todos ficamos calados, ninguém respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não!! - respondemos todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Sim!!!- E por que ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las?
- Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais!
- Vá buscar o Juan - disse, olhando-me fixamente.
Naquele dia recebi a lição mais prática no meu curso de Direito.
Quando não defendemos nossos direitos perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia.
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