sexta-feira, 31 de julho de 2020

Educação e Religiosidade: Carta ao Povo de Deus



Repasso essa Carta ao Povo de Deus, que recebi pelo Whats App, em Qui, 30/07/2020 23:57:

*Leia, abaixo, a íntegra da*

 ```"Carta ao Povo de Deus":```

 

"Somos Bispos da Igreja Católica, de várias regiões do Brasil, em profunda comunhão com o Papa Francisco e seu magistério e em comunhão plena com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que no exercício de sua missão evangelizadora, sempre se coloca na defesa dos pequeninos, da justiça e da paz. Escrevemos esta Carta ao Povo de Deus, interpelados pela gravidade do momento em que vivemos, sensíveis ao Evangelho e à Doutrina Social da Igreja, como um serviço a todos os que desejam ver superada esta fase de tantas incertezas e tanto sofrimento do povo.

 

Evangelizar é a missão própria da Igreja, herdada de Jesus. Ela tem consciência de que “evangelizar é tornar o Reino de Deus presente no mundo” (Alegria do Evangelho, 176). Temos clareza de que “a proposta do Evangelho não consiste só numa relação pessoal com Deus. A nossa reposta de amor não deveria ser entendida como uma mera soma de pequenos gestos pessoais a favor de alguns indivíduos necessitados [...], uma série de ações destinadas apenas a tranquilizar a própria consciência. A proposta é o Reino de Deus [...] (Lc 4,43 e Mt 6,33)” (Alegria do Evangelho, 180). Nasce daí a compreensão de que o Reino de Deus é dom, compromisso e meta.

 

É neste horizonte que nos posicionamos frente à realidade atual do Brasil. Não temos interesses político-partidários, econômicos, ideológicos ou de qualquer outra natureza. Nosso único interesse é o Reino de Deus, presente em nossa história, na medida em que avançamos na construção de uma sociedade estruturalmente justa, fraterna e solidária, como uma civilização do amor.

 

O Brasil atravessa um dos períodos mais difíceis de sua história, comparado a uma “tempestade perfeita” que, dolorosamente, precisa ser atravessada. A causa dessa tempestade é a combinação de uma crise de saúde sem precedentes, com um avassalador colapso da economia e com a tensão que se abate sobre os fundamentos da República, provocada em grande medida pelo Presidente da República e outros setores da sociedade, resultando numa profunda crise política e de governança.

 

Este cenário de perigosos impasses, que colocam nosso País à prova, exige de suas instituições, líderes e organizações civis muito mais diálogo do que discursos ideológicos fechados. Somos convocados a apresentar propostas e pactos objetivos, com vistas à superação dos grandes desafios, em favor da vida, principalmente dos segmentos mais vulneráveis e excluídos, nesta sociedade estruturalmente desigual, injusta e violenta. Essa realidade não comporta indiferença.

 

É dever de quem se coloca na defesa da vida posicionar-se, claramente, em relação a esse cenário. As escolhas políticas que nos trouxeram até aqui e a narrativa que propõe a complacência frente aos desmandos do Governo Federal, não justificam a inércia e a omissão no combate às mazelas que se abateram sobre o povo brasileiro. Mazelas que se abatem também sobre a Casa Comum, ameaçada constantemente pela ação inescrupulosa de madeireiros, garimpeiros, mineradores, latifundiários e outros defensores de um desenvolvimento que despreza os direitos humanos e os da mãe terra. “Não podemos pretender ser saudáveis num mundo que está doente. As feridas causadas à nossa mãe terra sangram também a nós” (Papa Francisco, Carta ao Presidente da Colômbia por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente, 05/06/2020).

 

Todos, pessoas e instituições, seremos julgados pelas ações ou omissões neste momento tão grave e desafiador. Assistimos, sistematicamente, a discursos anticientíficos, que tentam naturalizar ou normalizar o flagelo dos milhares de mortes pela COVID-19, tratando-o como fruto do acaso ou do castigo divino, o caos socioeconômico que se avizinha, com o desemprego e a carestia que são projetados para os próximos meses, e os conchavos políticos que visam à manutenção do poder a qualquer preço. Esse discurso não se baseia nos princípios éticos e morais, tampouco suporta ser confrontado com a Tradição e a Doutrina Social da Igreja, no seguimento Àquele que veio “para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

 

Analisando o cenário político, sem paixões, percebemos claramente a incapacidade e inabilidade do Governo Federal em enfrentar essas crises. As reformas trabalhista e previdenciária, tidas como para melhorarem a vida dos mais pobres, mostraram-se como armadilhas que precarizaram ainda mais a vida do povo. É verdade que o Brasil necessita de medidas e reformas sérias, mas não como as que foram feitas, cujos resultados pioraram a vida dos pobres, desprotegeram vulneráveis, liberaram o uso de agrotóxicos antes proibidos, afrouxaram o controle de desmatamentos e, por isso, não favoreceram o bem comum e a paz social. É insustentável uma economia que insiste no neoliberalismo, que privilegia o monopólio de pequenos grupos poderosos em detrimento da grande maioria da população.

 

O sistema do atual governo não coloca no centro a pessoa humana e o bem de todos, mas a defesa intransigente dos interesses de uma “economia que mata” (Alegria do Evangelho, 53), centrada no mercado e no lucro a qualquer preço. Convivemos, assim, com a incapacidade e a incompetência do Governo Federal, para coordenar suas ações, agravadas pelo fato de ele se colocar contra a ciência, contra estados e municípios, contra poderes da República; por se aproximar do totalitarismo e utilizar de expedientes condenáveis, como o apoio e o estímulo a atos contra a democracia, a flexibilização das leis de trânsito e do uso de armas de fogo pela população, e das leis do trânsito e o recurso à prática de suspeitas ações de comunicação, como as notícias falsas, que mobilizam uma massa de seguidores radicais.

 

O desprezo pela educação, cultura, saúde e pela diplomacia também nos estarrece. Esse desprezo é visível nas demonstrações de raiva pela educação pública; no apelo a ideias obscurantistas; na escolha da educação como inimiga; nos sucessivos e grosseiros erros na escolha dos ministros da educação e do meio ambiente e do secretário da cultura; no desconhecimento e depreciação de processos pedagógicos e de importantes pensadores do Brasil; na repugnância pela consciência crítica e pela liberdade de pensamento e de imprensa; na desqualificação das relações diplomáticas com vários países; na indiferença pelo fato de o Brasil ocupar um dos primeiros lugares em número de infectados e mortos pela pandemia sem, sequer, ter um ministro titular no Ministério da Saúde; na desnecessária tensão com os outros entes da República na coordenação do enfrentamento da pandemia; na falta de sensibilidade para com os familiares dos mortos pelo novo coronavírus e pelos profissionais da saúde, que estão adoecendo nos esforços para salvar vidas.

 

No plano econômico, o ministro da economia desdenha dos pequenos empresários, responsáveis pela maioria dos empregos no País, privilegiando apenas grandes grupos econômicos, concentradores de renda e os grupos financeiros que nada produzem. A recessão que nos assombra pode fazer o número de desempregados ultrapassar 20 milhões de brasileiros. Há uma brutal descontinuidade da destinação de recursos para as políticas públicas no campo da alimentação, educação, moradia e geração de renda.

 

Fechando os olhos aos apelos de entidades nacionais e internacionais, o Governo Federal demonstra omissão, apatia e rechaço pelos mais pobres e vulneráveis da sociedade, quais sejam: as comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas, as populações das periferias urbanas, dos cortiços e o povo que vive nas ruas, aos milhares, em todo o Brasil. Estes são os mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus e, lamentavelmente, não vislumbram medida efetiva que os levem a ter esperança de superar as crises sanitária e econômica que lhes são impostas de forma cruel. O Presidente da República, há poucos dias, no Plano Emergencial para Enfrentamento à COVID-19, aprovado no legislativo federal, sob o argumento de não haver previsão orçamentária, dentre outros pontos, vetou o acesso a água potável, material de higiene, oferta de leitos hospitalares e de terapia intensiva, ventiladores e máquinas de oxigenação sanguínea, nos territórios indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais (Cf. Presidência da CNBB, Carta Aberta ao Congresso Nacional, 13/07/2020).

 

Até a religião é utilizada para manipular sentimentos e crenças, provocar divisões, difundir o ódio, criar tensões entre igrejas e seus líderes. Ressalte-se o quanto é perniciosa toda associação entre religião e poder no Estado laico, especialmente a associação entre grupos religiosos fundamentalistas e a manutenção do poder autoritário. Como não ficarmos indignados diante do uso do nome de Deus e de sua Santa Palavra, misturados a falas e posturas preconceituosas, que incitam ao ódio, ao invés de pregar o amor, para legitimar práticas que não condizem com o Reino de Deus e sua justiça?

 

O momento é de unidade no respeito à pluralidade! Por isso, propomos um amplo diálogo nacional que envolva humanistas, os comprometidos com a democracia, movimentos sociais, homens e mulheres de boa vontade, para que seja restabelecido o respeito à Constituição Federal e ao Estado Democrático de Direito, com ética na política, com transparência das informações e dos gastos públicos, com uma economia que vise ao bem comum, com justiça socioambiental, com “terra, teto e trabalho”, com alegria e proteção da família, com educação e saúde integrais e de qualidade para todos. Estamos comprometidos com o recente “Pacto pela vida e pelo Brasil”, da CNBB e entidades da sociedade civil brasileira, e em sintonia com o Papa Francisco, que convoca a humanidade para pensar um novo “Pacto Educativo Global” e a nova “Economia de Francisco e Clara”, bem como, unimo-nos aos movimentos eclesiais e populares que buscam novas e urgentes alternativas para o Brasil.

 

Neste tempo da pandemia que nos obriga ao distanciamento social e nos ensina um “novo normal”, estamos redescobrindo nossas casas e famílias como nossa Igreja doméstica, um espaço do encontro com Deus e com os irmãos e irmãs. É sobretudo nesse ambiente que deve brilhar a luz do Evangelho que nos faz compreender que este tempo não é para a indiferença, para egoísmos, para divisões nem para o esquecimento (cf. Papa Francisco, Mensagem Urbi et Orbi, 12/4/20).

 

Despertemo-nos, portanto, do sono que nos imobiliza e nos faz meros espectadores da realidade de milhares de mortes e da violência que nos assolam. Com o apóstolo São Paulo, alertamos que “a noite vai avançada e o dia se aproxima; rejeitemos as obras das trevas e vistamos a armadura da luz” (Rm 13,12).

 

_O Senhor vos abençoe e vos guarde. Ele vos mostre a sua face e se compadeça de vós._

_O Senhor volte para vós o seu olhar e vos dê a sua paz! *(Nm 6,24-26).*_


domingo, 26 de julho de 2020

Educação e respeito ao outro: Frei Betto, em o Tamanho da Arrogância





       Repasso essa mensagem, da autoria do Frei Betto, que recebi pelo Whats App


TAMANHO DA ARROGÂNCIA

Frei Betto
      
       No início de julho, um fiscal da Vigilância Sanitária exigiu que um casal do Rio seguisse os protocolos de prevenção à Covid-19. Disse “Cidadão...” A mulher reagiu: “Cidadão não, engenheiro civil, melhor do que você!” E se recusaram a adotar os procedimentos exigidos.
       A arrogante senhora foi demitida, no dia seguinte, da empresa na qual trabalhava. Se o fiscal Flávio Graça, que ali cumpria o seu dever, retrucasse no mesmo tom, diria com autoridade que é formado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Fluminense, doutorado pela Universidade Federal Rural do RJ, coordenador de cursos de pós-graduação e superintendente de Inovação, Pesquisa e Educação em Vigilância Sanitária, Fiscalização e Controle de Zoonoses da prefeitura do Rio.
       Poucos dias depois, em Santos, o desembargador Eduardo Almeida Prado Siqueira foi multado por caminhar na praia sem máscara, contrariando decreto da prefeitura. Chamou o guarda municipal de “analfabeto”, ligou para o secretário de segurança do município para intimidar o responsável pela multa, rasgou-a e jogou-a no chão.
       Em Catalão (GO), no final de junho, um comerciante de 76 anos foi agredido ao alertar um cliente da exigência de usar máscara na loja. Fraturou o fêmur e ficará seis meses em cadeira de rodas.
       Em abril, em Araucária (PR), um homem foi impedido pelo segurança de entrar sem máscara no supermercado. Discutiram e houve o disparo de um tiro, que matou uma funcionária do estabelecimento.
       Essa arrogância entranhada em muitos brasileiros tem raízes históricas. Foram 380 anos de escravatura em nosso país, durante os quais os brancos tratavam os negros com um desrespeito que jamais repetem ao lidar com seus animais de estimação. E, hoje, temos um presidente da República que viola todos os protocolos de prevenção sanitária, dando péssimo exemplo à nação.
       Entre os vários sintomas do complexo de superioridade, segundo o psicólogo Alfred Adler, criador da Psicologia do Desenvolvimento Individual, manifestam-se o autoconvencimento, a atitude de considerar os outros inferiores e apontar defeitos, a inveja, a busca de reconhecimento, a excessiva preocupação com a opinião alheia, a falsa autossegurança.
       Educação vem do berço, dizia minha avó. Uma criança que dá ordens na faxineira, humilha a cozinheira por não gostar de uma comida, desrespeita a professora, está fadada a ser infeliz e fazer os outros infelizes. Porque todo prepotente é amargo, irascível, preconceituoso.
       Uma senhora branca saía do supermercado em Brasília e, ao avistar um negro, pediu que ele empurrasse o carrinho de compras até o estacionamento. Ele aquiesceu. Colocado tudo no porta-malas, ela lhe estendeu uma gorjeta. Ele rejeitou com um sorriso: “Agradeço, senhora. Fiz por gentileza.” Aconteceu com Vicentinho, deputado federal (PT-SP).
       Quando eu me encontrava na Inglaterra, em 1987, um sobrinho da rainha Elizabeth II foi parado pela polícia rodoviária ao dirigir em alta velocidade. “Sabe com quem você está falando?”, disse ao guarda. “Quem você pensa que é?”, retrucou o policial. Por não trazer carteira de habilitação, foi multado, e o carro, apreendido. Mais tarde, o juiz exigiu que ele pedisse desculpas ao guarda.
       Para Jesus, poder é servir: “O maior seja como o mais novo, e quem governa, como aquele que serve” (Lucas 22,24). Mas estamos longe de nos impregnar dessa cultura. Em um país com abissais desigualdades sociais, os privilegiados tendem a se considerar muito superiores aos marginalizados. As pessoas não importam. Importam os bens materiais que as emolduram.
      Em 2007, o violinista Joshua Bell deu um concerto no Teatro de Boston, lotado de apreciadores que pagaram, no mínimo, 100 dólares por ingresso. Dias depois, o jornal Washington Post decidiu testar a cultura artística do público. Levou o violinista para a estação de metrô da capital americana. Durante 45 minutos, ele tocou Bach, Schubert, Ponce e Massenet.
      Eram oito horas de uma manhã fria. Milhares de pessoas circulavam pelo metrô. Quatro minutos após iniciar o concerto subterrâneo, o músico viu cair a seus pés seu primeiro dólar, atirado por uma mulher que não parou. Quem mais lhe deu atenção foi um menino. Porém, a mãe o arrastou, embora ele mantivesse o rosto virado para o violinista enquanto se distanciava.
      Durante todo o tempo do concerto, apenas sete pessoas pararam um instante para escutar. Cerca de vinte, jogaram dinheiro sem deter o passo. Ao todo, 32 dólares e 17 centavos a seus pés. Quando cessou a música, ninguém aplaudiu.
      Bell é considerado um dos melhores violinistas do mundo. Mas nessa sociedade neoliberal hegemonizada pelo paradigma do mercado, ele ali era um “produto” colocado na prateleira errada. Como se o fato de estar em local público tornasse sua música de menos qualidade. Estivesse um músico medíocre no palco do Teatro de Boston com certeza teria sido ovacionado.
      Como disse Molière, “devemos olhar demoradamente para nós próprios antes de pensar em julgar os outros.”

*Frei Betto é escritor, autor de “Reinventar a vida” (Vozes), entre outros livros.
  Adquira os livros do autor a preço mais barato pelo site (www.freibetto.org

terça-feira, 14 de julho de 2020

Educação e Religiosidade: Somos um só povo, os Filhos de Deus




Somos um só povo, os Filhos de Deus
Cosme Castor
Li uma mensagem no Whats App, há poucos dias, e procurei entendê-la melhor.
Nela, dizem que, em relação a essa pandemia da corona vírus, as pessoas estão separadas em dois grupos diferentes e adversários.
Grupo 1: As pessoas que querem o isolamento.
Na descrição desse grupo, dizem que é compreensível que as pessoas tenham muito medo e acrescentam: “maioria de acomodados e aproveitadores, que colocam a economia em segundo plano”.
Grupo 2: As pessoas que pensam só em dinheiro.
Dizem que essas, também, têm medo e são os que estão sendo atingidos e se preocupam. Dizem, ainda, que esses “não têm recursos, nem mesmo para o básico e tudo que têm está em risco eminente”. Concluem que preferem o risco de voltar ao trabalho e de se contaminar com o vírus.
Refletindo sobre a mensagem:
A pessoa humana ainda demonstra desconhecer o sentido da vida. Por isso, Deus enviou Jesus Cristo, para que todos sejam um (Jo17,21). E também para que todos tenham vida e vida em abundância (Jo10,10), para ser vivida em comunidade (Atos2,42-47).
Vê-se que Deus não estabeleceu normas para dividir e classificar as pessoas em grupos, muito menos, em grupos de opressores abastados, ou de oprimidos acomodados, aproveitadores ou miseráveis.
O homem rejeitou a proposta de Deus porque sabia que as suas obras seriam reprovadas (Jo3,20). Assim, o próprio homem criou esse espírito de divisão: uma forma de enganar o povo, jogando um contra o outro, ambos na condição exclusiva de subserviência.
Nasceram daí as classes sociais, mantidas cada uma em determinado patamar. As classes, que se fizeram mais poderosas, assumiram o “direito” de explorar as demais.
Essa ideia da divisão em grupos é bem conveniente para quem sempre explorou o outro. Visando ao próprio benefício, alimenta esse sistema perverso do capitalismo, que consiste na exploração da pessoa humana.
Para os exploradores, a pessoa humana é apenas mais um equipamento a ser usado. Como os demais, se ficar velho, não serve mais para produzir. Então, deve ser descartado, como disse um dos muitos Ministros da Saúde, do atual sinistro governo brasileiro.
No mundo, especialmente, no Brasil, estamos vivendo uma época semelhante à que Jesus viveu aqui na terra. O Antigo Testamento denuncia e, no Novo Testamento, o próprio Jesus confirma que os homens não o ouvem mais e não aceitam o anúncio da Palavra de Deus.
O homem substitui Deus por coisas e valores que produzem os prazeres imediatos e passageiros, do aqui e agora. Nada constante. Pura ilusão. Mas atende à maldade que está encravada em seu coração.
Jesus insiste em convidar o povo à conversão. Como é ignorado, ele alerta essa gente para o perigo que correm se continuarem preferindo seguir os próprios anseios de poder e auto suficiência.
Jesus condena, de tal forma, essa situação de insistência em divisões, do não arrependimento e de ignorância dos povos, que usa palavras bem incisivas para alertá-los de que esse caminho leva à destruição.
Podemos ver na Bíblia, em Mt11,20-24, que Jesus censura as cidades, onde Ele havia feito muitos milagres.
De tão incisivo, Jesus até ameaçou, inclusive, a cidade de Cafarnaum, onde morou por muito tempo. Disse que a sua condenação ia ser pior do que a da cidade de Sodoma, uma das que foram destruídas, exatamente, pela sua auto suficiência e pelos seus pecados, semelhantes ao que se vê, hoje, no Brasil.
Voltando aos grupos:
No grupo 2, quando as pessoas dizem “voltar ao trabalho”, referem-se aos empregados delas. Os empregados devem voltar ao trabalho.
Dizem não ter recursos, mas eles são os verdadeiros abastados.  São os corruptos do mundo empresarial, político, jurídico e religioso, dentre outros que, inclusive, se dizem cristãos.
No entanto, com os estudos que consegui realizar na minha caminhada pela vida, até aqui, eu entendo que um País deve viver em função do bem estar do seu povo.
Os ministérios, especialmente, o da economia, o da saúde, o da educação, o da justiça todos os demais, devem estar sempre a serviço da vida, visando a oferecer ao povo, especialmente, a cada cidadão, as condições ideais para o bem viver.
Conclusão:
Existe somente um grupo, no mundo:
- Nós, os filhos de Deus.
Por isso:
- Busquemos nossa paz interior!
- Afastemos a raiva do nosso coração!
- Vamos amar o outro, como Jesus nos ama! (Jo15,12).
Comece dentro de casa, pelo seu companheiro ou companheira.
Continue a amar no seu trabalho, na sua escola, na sua Igreja e em todo e qualquer ambiente por onde você andar.
Cuide-se!
Se puder, fique em casa!
Jesus te ama!
Um abraço do irmão,
Cosme Castor

terça-feira, 7 de julho de 2020

Educação e Amizade: Saudade



SAUDADE 

Interessante!
Estamos perto do outro.
Sabemos onde o outro está.
Não podemos visitar o outro.
Vem a saudade nos consolar.
A nossa esperança é que Maria,
com Seu Filho, Jesus,
nos ajuda a suportar,
mantendo-nos fortes no Seu amor.
Então, 
um dia, bem próximo,
poderemos dispensar, amigavelmente, a saudade,
nos abraçar e dizer como Jesus nos ensinou:
- Eu te amo!
E mais:
- Muito Obrigado, pelo seu amor.
Carinhosamente,
Cosme Castor, com
- Um abraço!

sábado, 4 de julho de 2020

Educação e Amizade: Um abraço faz falta



Um abraço faz falta!
Cosme Castor
Um abraço!
Assim dizemos, toda vez que encontramos um/a amigo/a.
Oferecemos e ele/a aceita:
Um abraço!
Se encontramos a/o namorada/o, damos/ganhamos um beijinho e o que acontece?
Ganhamos e damos:
Um abraço!
Se jogando futebol, fazemos uma grande defesa e/ou fazemos um gol, corremos ao encontro do outro e damos:
Um abraço!
Se estamos numa reunião e apresentamos uma grande ideia, os companheiros dizem que merecemos:
Um abraço!
Se estamos nos comunicando com um/a amigo/a, por escrito, no zap ou por outro instrumento, finalizamos com o envio de:
Um abraço!
E, como resposta, recebemos:
Um abraço!
Se estamos tristes, num momento não muito agradável, o outro vem de lá e, mesmo sem dizer uma palavra, nos conforta com:
Um abraço!
Quando conseguimos uma grande vitória, somos logo agraciados com:
Um abraço!
Se queremos mostrar a nossa gratidão a alguém, damos imediatamente:
Um abraço!
Mas se alguém lhe é grato, vem lhe demonstrar a alegria, com
Um abraço!
Muito mais eu e você poderíamos dizer sobre a magia do dar e receber um:
Um abraço!
Porque todas as pessoas, sob qualquer pretexto, gostam de dar e receber:
Um abraço!
Então, lhe agradeço, por ter aceitado, carinhosamente:
Um abraço!
Do amigo Cosme Castor, o Vovô Dadai, que encerra essa conversa com:
Um abraço!
Observação: Como estamos nessa fase de pandemia, vamos pedir a Deus que ela vá embora, o mais rápido possível, para que possamos realizar sempre o nosso desejo de nos encontrarmos, pessoalmente, e trocarmos com o/a outro/a:
Um abraço!

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Educação e Religiosidade: Jesus Cristo não vai passar



Jesus Cristo não vai passar
Cosme Castor
Muita gente vive a esperar que Jesus Cristo venha (de novo?) ou mande alguém para socorrer o povo e protegê-lo de tanta miséria, de tanta maldade e de tanta exploração do irmão, que tem causado muito sofrimento às pessoas, no Brasil e por todo o mundo.
Isso acontece, inclusive, em grupos com pessoas de “boa” formação religiosa.
Certa vez, num Encontro de Jovens da Igreja Católica, na Arquidiocese de Feira de Santana, Estado da Bahia, promovido pelo TLC – Treinamento de Liderança Cristã, um movimento que visa à formação cristã para a juventude, onde o jovem evangeliza o outro jovem, aconteceu um fato interessante.
Como o jovem gosta muito de músicas animadas, esse é um dos pontos altos do Encontro. Num desses momentos, um grupo, formado por mais de 70 jovens, cantava animadamente:
“Quando Jesus passar / Quando Jesus passar / Quando Jesus passar / Eu quero estar no meu lugar”.
Esse era o refrão, repetido sempre com muita animação, em voz alta e com sorrisos que demonstravam a alegria de estar ali, participando daquele Encontro com o Cristo e com os irmãos.
Mas participava desse momento, também, o Frei Félix de Pacatuba, (falecido) um dos Diretores Espirituais desse Encontro, primeiro homem de Igreja que realmente se preocupou e fez algo pela juventude cristã de Feira de Santana, criando, inicialmente, a Congregação Mariana. (1962)
Então, com o vozeirão que lhe era peculiar, lá do fundo da sala, Frei Félix começou a cantar e todos pararam para ouvir. Ele cantava assim:
“Jesus Cristo não vai passar / Jesus Cristo não vai passar / Jesus Cristo não vai passar / Por quê? / Ele está dentro do seu coração”.
Passado o “susto”, Frei Félix fez um breve comentário, e a turma o acompanhou, com muita animação, entoando também essa parte nova da canção, que aprendera naquele momento.
Uma grande lição, que deve ser divulgada para todos os que ficam questionando a Deus, a Jesus e, às vezes, a Nossa Senhora e a outros santos, sobre esse caos que tomou conta da cidade de Feira de Santana, da Bahia, do Brasil e de todo o mundo, o que se agravou com a chegada dessa pandemia, causada pelo corona vírus.
Nesse questionamento impensado, há quem diga até que foi Deus que mandou “alguém”, ou seja, mandou esse vírus, para castigar as pessoas. Pensamento justificável, na ânsia que as pessoas sentem, ao tentar buscar uma explicação imediata e plausível para essa questão.
Assim, é mais cômodo. Jogam a culpa em Deus, que deu a liberdade de ser, “do jeito que a gente gosta”. Até, rezam o Pai Nosso, concordando com Jesus Cristo, - “seja feita a Vossa vontade” - contanto que essa vontade do Pai coincida com os seus anseios.
As pessoas devem lembrar que Deus não vai mandar ninguém. Ele já mandou o próprio Filho, Jesus Cristo, que está presente, no dia a dia de todas as pessoas.
O problema é que, geralmente, essas pessoas ouvem as palavras de Jesus e não as colocam em prática. Estão sendo insensatas. Estão construindo as suas casas sobre a areia. Quando vêm a chuva, as enchentes, os ventos, dentre outros, derrubam suas casas, causando sérios problemas para as suas vidas. (Cf. Mt 7,27)
O homem precisa assumir a sua responsabilidade e se conscientizar de que ele mesmo atraiu essa pandemia, como eu falei em um texto publicado anteriormente:
“A matéria prima da atração é a maldade incrustrada no coração do homem. Esses “donos” do poder fazem as leis para facilitar a convivência social, obrigam a cada pessoa do povo a cumprir, mas não as cumprem.
Conforme o Evangelho de Mateus (23,3), dessa mesma forma também acontecia, na época em que Jesus viveu em nosso meio.
Hoje, os desmatamentos; as queimadas, nas matas; o óleo derramado nas praias do Nordeste Brasileiro; o regime escravocrata de trabalho; a indiferença, diante do sofrimento das famílias de pequeno ou quase nenhum poder aquisitivo; dentre outras; todas essas más ações praticadas pelo homem, contra seus irmãos e contra a natureza, trouxeram essa pandemia.”
O homem precisa é de voltar-se para o Evangelho que o Cristo deixou para todos.
Então, fica bem claro que Jesus Cristo não vai mandar ninguém para acalmar e para trazer a paz para o homem. Ele já veio. Continua presente, através do Espírito Santo, que Ele mesmo enviou (Cf. Jo 16,7), para ser o orientador, o defensor, o advogado de todas as pessoas.
Portanto, não há razão para ficar esperando por alguém que já veio, já chegou e já está presente.
Faz-se necessário, sim, modificar os hábitos; cada um deve voltar-se mais para o outro, especialmente, para os que estão perto, como também, para os que estão longe.
Faz-se necessário, também, edificar a própria casa sobre a rocha (Cf. Mt 7,24-25). Então, poderá vir qualquer tempestade, qualquer pandemia e se continuará firme, vencendo todas as atribulações que venham a se apresentar.
Finalmente, o homem deve se esforçar para perceber a presença constante de Jesus Cristo, desde ontem, por todo o dia de hoje e por todos os dias de sua vida. Tudo isso, com um importante detalhe: - fazendo sempre o que Jesus disser (Jo 2,5), como sua Mãe Maria aconselhou.
Por tudo isso: “Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça e tudo o mais vos será dado”. (Mt 7,33)
Referência:
Bíblia Sagrada Ave Maria – Edição de Estudos. 5ª edição. 2015. Edição Claretiana. Editora Ave Maria. São Paulo.
Haroldo J. Rahm, s. j. Treinamento de Liderança Cristã: mini-TLC, TLC e amor exigente. Edições Loyola. São Paulo. SP. Brasil. 1998.