terça-feira, 29 de março de 2022

Educação e Amizade: No meu tempo 3

 

No meu tempo... (3)

 

Voltei a visitar meu amigo, aquele que diz que as coisas aconteciam de uma forma diferente, no seu tempo.

Desta vez, começamos a conversar, falando do Evangelho de Jesus Cristo, apresentado e discutido pela Igreja Católica, naquele dia, (Lc 18,9-14) que falava do fariseu e do cobrador de impostos, em oração, num Templo.

O fariseu, nos bancos da frente, dava graças a Deus por não ser pecador, como muitos, inclusive, como aquele cobrador de impostos, ali atrás.

O cobrador de impostos, humildemente, reconhecia ser um pecador.

Então, a nossa conversa girou sobre a guerra, entre a Rússia e a Ucrânia. E concordamos que não se pode admitir, nos dias de hoje, atitudes como essa do Presidente da Rússia.

O Presidente da Rússia se acha perfeito, como aquele fariseu, com direito de julgar e condenar o outro?

O que terá feito o Presidente da Ucrânia, de tão grave? Ousou ter liberdade para dirigir seu povo? Ousou ser independente da Rússia, como o Brasil o “é”, dos Estados Unidos e de países europeus, dentre outros?

Faz lembrar atitudes semelhantes exercidas pelos Estados Unidos, contra o Iraque e contra tantos outros países, inclusive, muitos sul americanos.

Realmente, um absurdo! Inadmissível!

Concordamos com a maioria das pessoas do “resto” do mundo e nos juntamos a elas para pedir a Deus que faça parar essas guerras.

Conversamos um bocado sobre esse assunto.

Concluímos que, nesse caso, imperou a violência, a ambição, a raiva e a ira, que levaram os dois países à guerra. Fizeram e continuam fazendo grandes gastos, produzindo a fome e a morte para milhares de pessoas.

Não seria bem melhor aplicar esse dinheiro, para fazer crescer o amor, a paz e o bem estar dos milhões de irmãos, por todo o mundo, atingidos por esse desastroso acontecimento?

Continuamos conversando e lembramos que gostamos de comparar os tempos de hoje com os tempos do “meu tempo...”.

Vimos que, muitas vezes, agimos como aquele fariseu, citado no Evangelho. Escolhemos um lado, geralmente, o que consideramos mais forte, o da perfeição.

 Por outro lado, apontamos o nosso dedo para o irmão, do lado mais fraco, numerando e nomeando seus pecados e defeitos. Muito cômodo!

Lembramos que o lado do fariseu sempre cria falsas informações e as distribui ao maior número possível de pessoas. Repetem esse ato muitas vezes, ao dia, para fazer os menos avisados acreditarem nessas falsas mensagens.

E o meu amigo disse que os meios de comunicação têm uma grande responsabilidade, no que se refere à manutenção dessa situação alarmante, que determina o comportamento do nosso povo e provoca o crescimento da grande distância que existe entre os mais abastados e os mais necessitados.

Esse povo, perdido nessa onda de crimes e de notícias enganosas, colabora com os enganadores, aumentando o próprio sofrimento.

Por esses canais, disseram também que a pandemia deixou as pessoas mais humanas, mais amigas e mais preocupadas, umas com as outras.

Porém, as notícias, diariamente, mostram o aumento dos casos de crimes, cometidos por autoridades e por pessoas do povo, contra o próprio povo.

Constatamos que é o povo que sai perdendo. Não encontra nem mesmo o que comer e nem um cantinho para repousar. Não tem como e nem onde buscar forças para vencer as adversidades. E, às vezes, nem percebe que apenas é usado e abandonado à própria sorte.

Lembrou, também, que essas consequências recaem mais sobre as crianças e os idosos. As pessoas não respeitam mais os idosos como no tempo dele.

E continuou dizendo que as pessoas, hoje, andam tão perturbadas, que descarregam suas raivas e frustrações, na primeira criança e/ou idoso, menos protegidos, que encontram, naquele momento.

Eu lhe disse:

- Pois é, meu Velho! Diz o ditado popular que a corda sempre quebra do lado mais fraco.

- Precisamos tomar cuidado, quando estivermos do lado mais forte, para tentar diminuir essa distância entre um e outro lado.

- Lembremos que a Quaresma sugere voltar para o irmão, ao nosso lado, que precisa de um pouquinho mais da nossa atenção.

Então, meu amigo disse:

- As pessoas serão muito mais felizes, quando perdoarem e quando abandonarem o ódio e a raiva que carregam dentro de si.

- Assim, essas pessoas vão viver o amor, que sempre esteve e que continua ao seu alcance, todos os dias da sua vida.

- Cosme Castor, volte mais vezes para essa nossa conversa!

Com certeza, Amigo! Até a próxima! Um abraço!


segunda-feira, 14 de março de 2022

Educação e Vida: Pensamento do Dia: - Tempo de Conversão

                Pensamento do dia:

Tempo de conversão:
- tempo de transformar-se em uma pessoa melhor,
todo dia, o dia todo,
todos os dias do ano;
- tempo de procurar superar-se
e de realizar suas atividades, cada vez, com mais empenho, buscando sempre servir melhor às pessoas.
Um abraço,
, de Cosme Castor!

terça-feira, 8 de março de 2022

Educação e Solidariedade: Parabéns, Mulher!!

 Parabéns a todas as mulheres do mundo, 

especialmente, à mulher brasileira 

e, mais especialmente, 

a você, MULHER, que lê esta mensagem!

Cosme Castor

Ter, 08/03/2022 11:27

O “Zap” nos brinda hoje com uma homenagem

de uma mulher, Marta, para as mulheres,

no Dia Internacional da Mulher, 2022:

 

Dia Internacional da Mulher

 

Estão por toda parte.

Anônimas ou célebres, deixaram em seu tempo a aragem suave da presença materna.

Submetidas ao talante da dominação do macho alfa, se viram pisoteadas nos sentimentos e responderam com silêncio e lágrimas, que o mundo não viu.

Arrastadas como troféus de guerra ou vendidas como alimárias raras, deixaram para trás o torrão natal e foram constrangidas a respirarem diferentes culturas, ofertando os ventres para procriação forçada.

Atrás de reis e imperadores, papas e dominadores cruéis, ali estavam, submissas e silenciosas, carregando vassouras na limpeza de aposentos faustosos ou escravizadas a panelas e talheres, pias e tanques, onde se faziam servas da higiene de imundos morais.

Nas sinagogas e igrejas eram proibidas de entrar.

Quase nunca tinham voz ativa dentro das quatro paredes do lar.

Eram vendidas como mercadoria em algumas culturas do pretérito, não muito distante destes nossos dias.

Tidas na Europa medieval como histéricas, sofreram horrendas torturas em calabouços infectos, antes de terem suas honras violadas por carcereiros desumanizados. Muitas foram perseguidas e queimadas como bruxas, feiticeiras.

Qualquer ligeira visita aos anais da história nos trará informes de dor e subordinação, pisoteamento e escravidão, abuso sexual e olvido. E mesmo entre prantos ocultos e desprezo masculino, eram a retaguarda do amor que nunca cessa.

E com ela começaria o resgate da feminilidade. Maria, a rosa mística de Nazaré, em cujas entranhas se emboscou o filho de Deus para a convivência demorada com os irmãos terrestres.

Sua entrega a um poder Divino.

Sua fé inquebrantável em Deus, mesmo quando os acontecimentos prenunciavam tragédias nas trilhas do Filho Amado. E ao seu lado, as mulheres sofridas daqueles dias inesquecíveis...

Verônica e sua solidão afetiva.

Joana de Cusa e o matrimônio infeliz.

Madalena e seu vulcão de angústias, que Ele pacificara com o toque da paz.

A sogra de Pedro, que Ele libertara da febre devoradora.

A mulher hemorroíssa, a quem Seu toque curara em definitivo.

E muitas outras, ocultas na multidão de andrajosos e famintos.

E ante nossos olhos, vinte séculos desfilaram, ardentes e palpitantes. Os fatos dolorosos prosseguiram, como antes.

As mulheres queimadas vivas na fábrica de tecidos, inaugurando a data hoje evocada. A marcha das mulheres de Paris, no pós revolução de 1789.

As feministas de todos os quadrantes, nos agitados anos 60.

Aí estão.

A mulher de toga, que nos tribunais, distribui justiça. Equipadas de tensiômetro, medicando dores diversas. Escrevendo livros libertadores. Manejando redes sociais, a influenciar milhares de outras consciências.

Nas aparadeiras humildes, onde a obstetrícia ainda não chegou.

Nas fronteiras veterinárias, se fazendo salvadoras de animais abandonados e doentes.

Nas forças policiais, inspirando respeito e dignidade, em pé de igualdade junto à supremacia masculina fardada.

As operárias na construção civil.

As quituteiras e cozinheiras, de cujas mãos e habilidades culinárias surgem maravilhas do paladar.

Das rezadeiras, que gesticulando o alecrim ou a folha de arruda, espantam o "mau olhado" e reerguem a "espinhela caída."

A professora humilde, que alfabetiza os rebentos alheios, lecionando, exausta, aos próprios filhos, órfãos de pais vivos.

A grávida, cujo parceiro imaturo e irresponsável, abandonou nas incertezas do mundo.

São muitas, são tantas!

Negras, brancas, pardas, mestiças, que importa a cor da pele? São mulheres, antes de tudo!

E enquanto a maternidade existir no mundo, oportunizando o regresso do Espírito às experiências do campo material, temos a certeza de que Deus não perdeu a paciência com os homens, nem fechou o portal da esperança.

Em ti, mulher mãe, mulher amiga ou mulher companheira, permanece o vigor da vida e a renovação incessante da fé!

Em tua data mundial, dedicamos essa página singela!

Marta

Salvador, 08.03.2022

sábado, 5 de março de 2022

Educação e Religiosidade: No meu tempo ... (2)

 No meu tempo ... (2)

Que conversa gostosa, essa de “No meu tempo ...”!
A gente aprende muita coisa, cuja origem nunca tinha despertado a nossa atenção e, às vezes, não sabemos exatamente de onde vem.
Aproveitando o tempo de oração, perdão e conversão ao amor, como é o tempo da Quaresma, conversamos sobre a Campanha da Fraternidade.
Na conversa, o nosso amigo idoso me disse que no seu tempo de criança, não existia Campanha da Fraternidade.
Viviam o tempo da Quaresma, conforme as recomendações da Igreja Católica, refletindo sobre a caminhada de 40 dias, visando à preparação para a Páscoa do Senhor.
Porém, de uns tempos prá cá, mais exatamente, no ano de 1961, as coisas começaram a mudar.
No Nordeste brasileiro, 3 padres da Cáritas, Instituição da CNBB, tiveram uma ideia de arrecadar dinheiro, durante a Quaresma, para financiar as atividades da Instituição, relativas à assistência aos mais necessitados da comunidade.
Então, planejaram e realizaram a campanha. Deu certo. A esse plano deram o nome de Campanha da Fraternidade.
No ano seguinte, 1962, a Campanha da Fraternidade aconteceu em toda a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte.
Em 1963, mais 16 Dioceses do Nordeste do Brasil participaram da Campanha da Fraternidade.
Daí em diante, esse trabalho foi crescendo e a Igreja Católica, no Brasil, através da CNBB, assumiu a Campanha da Fraternidade, que é realizada, sempre no tempo da Quaresma.
Essa Campanha, já há algum tempo, tem a participação de outras igrejas cristãs, como também, do Papa.
Pela 3ª vez, (1982, 1998 e 2022) a CF tem a Educação como tema.
Neste ano de 2022, o Tema da Campanha é “Fraternidade e Educação” e o Lema: “Fala com sabedoria, ensina com amor”. (Cf. Pr 31,26)
E o amigo idoso me disse, ainda, que a Campanha da Fraternidade 2022 tem o objetivo geral de “promover diálogos a partir da realidade educativa do Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário”. (Texto Base CF 2022)
Quer saber mais? Pesquise!
Ou então, procure um idoso, um daqueles do meu tempo. Ele vai lhe recomendar que, em qualquer situação, escolhe, pois, a vida! (cf Dt 30,19)
Um abraço!
Do amigo Cosme Castor

sexta-feira, 4 de março de 2022

Educação e Reflexões: No meu tempo ... (1)

No meu tempo ...  (1)

Numa conversa entre amigos e/ou entre pessoas de idades diferentes, “No meu tempo ...” é uma expressão muito utilizada, para qualquer questão, seja sobre a Juventude, a educação, a escola, a política, o futebol, o respeito aos mais velhos, e outras mais.

Nesse “No meu tempo ...”, todas as coisas se resolviam a contento e a sabedoria era um dom possuído pelas pessoas desse tempo, especialmente, as mais velhas.

Sim! Uma pessoa mais velha tinha grande destaque, na comunidade. Os mais novos lhe deviam respeito, pediam a bênção e lhe dedicavam toda a atenção e todo o cuidado.

Eles, os mais velhos, sempre buscavam orientar, davam conselhos e, até, repreendiam aos mais novos e tinham todo o apoio dos pais, principalmente, diante de qualquer reação não recomendada, por parte dos filhos.

Por isso lhes digo: - Vamos cuidar dos IDOSOS e dos mais novos, especialmente, das crianças!

Essa semana, um idoso me falou sobre a Quaresma.

Sim! Ele me disse que já estamos na Quaresma.

Disse, ainda, que:

 - a Quaresma começa na Quarta-feira de Cinzas e vai até o Domingo de Ramos;

- a Quaresma tem um período de quarenta dias de um tempo de conversão e de penitência, quando a Igreja nos convida ao jejum, à esmola e à oração. (cf. Mt 6,1-8.16-18);

- a Quaresma é um tempo de preparação para a Páscoa do Senhor e nos lembra da caminhada de 40 anos do Povo de Deus no deserto;

- na Quaresma, as pessoas devem conversar sobre as possíveis desavenças entre elas e os motivos das brigas, como também, devem buscar e conceder o perdão.  

Concluiu, dizendo que a paz e o amor devem ocupar o primeiro lugar, em todos os espaços da vida humana.

E disse, também:

- No meu tempo, a gente buscava viver a Quaresma, com maior intensidade.

Quer saber mais? Pesquise! Ou então, procure um idoso, um daqueles do meu tempo. Ele vai lhe falar sobre as experiências vividas por ele, no tempo da Quaresma.

Lembre:

- Em qualquer situação, escolhe, pois, a vida! (cf Dt 30,19)

Um abraço!

Do amigo Cosme Castor