1. Micareta e Educação por Fases da Vida
Durante a Micareta, os organizadores se esquecem de que princípios de respeito à pessoa e à comunidade devem ser preservados. No entanto, o que se vê é a liberação do nível de decibéis e as pessoas, especialmente aquelas que moram nas redondezas do circuito, têm que suportar aquele som muito elevado dos trios elétricos. Vê-se também o descaso com a saúde e o meio ambiente, quando a alimentação e as condições sanitárias oferecidas no circuito da festa deixam muito a desejar. A questão sexual é resolvida de uma maneira simplória, quando as autoridades municipais distribuem camisinhas, incentivando jovens e adultos à prática do sexo livre e irresponsável, fomentando assim a prostituição. A segurança pública poderia ser melhor, especialmente, se seus agentes fossem bem preparados para trabalhar junto ao povo. Muitos outros cuidados devem ser observados para prevenir situações de risco para a saúde coletiva e o bem estar da nossa gente.
2. Micareta de Feira e Educação por toda a Vida
No lugar da renúncia temporária aos bons costumes de respeito à preservação da saúde e bem estar coletivo, não poderia se aproveitar a Micareta para a prática da educação por toda a vida? Se assim fosse, realizar a Micareta seria uma boa oportunidade para desenvolver um programa de educação que levasse às pessoas a adquirir um maior conhecimento sobre os cuidados com a saúde, o meio ambiente, a segurança, a prostituição infantil e adulta e outros aspectos que venham a beneficiar a todas as pessoas.
A Micareta traz para o povo, a alegria de brincar, de se divertir, pulando, cantando e dançando, ao som de músicas do momento ou de um tempo que passou, tomando uma cervejinha ou um refrigerante, abraçado ou abraçando, sozinho ou acompanhado. É também a alegria de ver grandes atrações da música baiana e brasileira, como Ivete Sangalo e Chiclete com Banana. Traz a alegria até de apenas assistir a tudo isso, mas fazendo questão de estar ali presente, participando. A Micareta também oferece a oportunidade de ganhar uns trocados extras, no comércio de bebidas, de comidas e de um grande número de itens que giram em torno da realização dessa grande festa. Cresce o movimento no comércio local e regional, bem como, na indústria das confecções de roupas e de calçados. Enfim, é uma festa que envolve até os que não gostam dela e se afastam. Essas pessoas aproveitam esse período de folga para viajar, descansar e, também, para rezar, participando de encontros religiosos promovidos por setores das suas Igrejas.
3. Micareta, Alegria do (re)Encontro
A Micareta traz a oportunidade do reencontro. Nas barracas, nos bares e restaurantes, nos blocos com cordas e sem cordas, por todo o circuito, amigos que há muito tempo não se viam têm a oportunidade de um bate papo, de dar um abraço ao vivo, de olhar nos olhos e confirmar: apesar da distância, somos amigos.
Viva o maior carnaval fora de época da Bahia e do Brasil!
Viva a Micareta de Feira de Santana!
Volte sempre. Você vai gostar.
Observação: As fotos apresentadas nesta postagem foram cedidas pelo Prof. Horácio Amorim, dentre outras, publicadas no seu blog: www.horacioamorim.blogspot.com
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