A religiosidade oficial e/ou popular é educação religiosa que acontece por toda a vida de cada ser humano. O homem tem necessidade de Deus, desde o seu nascimento até a sua morte. Isto tem sido demonstrado por todos os povos, através dos tempos Isto acontece através da religião e ao comportamento religioso ou à forma como se dá esse relacionamento do homem com Deus vai ser dado o nome de religiosidade.
Para viver a sua religiosidade, o homem criou a sua religião e a ela deu formas, ritos e outros procedimentos que vivencia no seu dia a dia, a todo instante que deseja se comunicar com Deus ou com seres espirituais da sua crença. Nessa vivência, o homem acredita realmente que conta com a presença do Espírito Santo de Deus, que o orienta, protege e indica os caminhos a seguir.
Para viver melhor a sua religiosidade, o homem criou também um calendário litúrgico, que vai orientar as suas ações durante todo o ano litúrgico e todo o ano civil.
Conforme esses calendários, o homem vive nestes dias um momento especial de relacionamento com Deus, quando se sente bem mais próximo e mais acolhido por Ele. E o homem tem razões para isso porque, na Bíblia, Deus lhe diz: Tudo posso naquele que me fortalece. (Fl 4, 13) Assim, Deus lhe dá o poder.
Vivenciando a sua religiosidade, o homem destaca no seu Calendário Litúrgico, a semana mais importante do ano para o cristianismo: a Semana Santa, que vem logo após o período da Quaresma e dá início à Páscoa.
Como se pode notar, a educação no seu aspecto religioso acontece no dia a dia na vida do homem. Pela sua importância, faremos uma abordagem sobre esse período de educação religiosa na vida do homem: Quaresma, Semana Santa e Páscoa.
1. Quaresma
Fotos cedidas por Evandro Vaz, da Pastoral da Comunicação da Paróquia de Todos os Santos, no dia da Caminhada do Perdão da Arquidiocese de Feira de Santana, no percurso da Igreja de Santo Antônio, nos Capuchinhos, até a Igreja de Senhor do Bonfim, no Cruzeiro. Março de 2012. Feira de Santana – Bahia – Brasil.
A Quaresma tem início na Quarta Feira de Cinzas e vai até o Domingo de Ramos.
Nesse período, o cristão é convidado a refletir sobre a experiência do Povo de Deus nos 40 anos de travessia do deserto.
O homem deve viver a Quaresma, rezando, jejuando e praticando a caridade. (Mt 6,1-8.16-18) Rezando, ele fortalece sua relação com Deus; jejuando, ele vivencia a sua relação com o seu interior; e praticando a caridade, intensifica a sua relação com o seu próximo.
Assim, a Quaresma é um momento que proporciona a todos os seres humanos a oportunidade de querer conhecer mais a Jesus e a sua mensagem e tornar mais intensa essa relação, para ter melhor condição de seguir seus ensinamentos.
A Quaresma é tempo de transformação, de mudança na vida das pessoas. É tempo de jogar fora o que é prejudicial na sua relação com Deus e com o próximo. É tempo para se analisar as suas atitudes, valorizar o que tem de bom e jogar fora aquilo que não trouxer benefício para as pessoas. É tempo de fazer uma revisão de vida. É tempo de Conversão.
Ainda na Quaresma, a Igreja Católica, lança a Campanha da Fraternidade - CF, quando chama a atenção para algum problema social por que passa a comunidade.
Este ano, o tema é “Fraternidade e Saúde Pública” e o lema, “Que a saúde se difunda sobre a terra”.
Na CF, aproveitando o espírito de fraternidade, durante toda a Quaresma, o cristão e toda a sociedade brasileira são convidados a uma reflexão sobre a situação da Saúde Pública no País, visando à melhoria do atendimento a todas as pessoas que necessitem desse Sistema. Em resumo, a Quaresma é um tempo de preparação para a Páscoa.
2. Semana Santa
Fotos cedidas por Evandro Vaz, da Pastoral da Comunicação da Paróquia de Todos os Santos, no Domingo de Ramos, na Praça Padre Ovídio. Março de 2012. Feira de Santana – Bahia – Brasil.
É a Semana do ano de maior importância para os cristãos.
Durante essa Semana, os cristãos celebram a morte, a paixão e a ressurreição de Jesus Cristo. Ela tem início no Domingo de Ramos, com a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, e vai até o Domingo de Páscoa, quando acontece a ressurreição de Jesus Cristo.
Movidos pela grandeza da Semana Santa, os cristãos buscam reunir-se com seus familiares para participarem juntos das celebrações dessa Semana e para conviverem numa maior aproximação, especialmente, devido às dificuldades de se encontrarem nas demais épocas do ano.
3. Páscoa
A Páscoa era um ritual que os pastores realizavam, por acreditar que assim estavam protegendo suas famílias e seus rebanhos dos maus espíritos. Com a libertação do Povo de Deus da escravidão no Egito, a Páscoa passou a ser uma celebração desse ato. Depois veio a ressurreição de Jesus e a Páscoa passou a ser a festa de libertação do Povo de Deus, através de Jesus Cristo, que venceu a morte e ressuscitou, trazendo a esperança da ressurreição para todas as pessoas, de todos os povos, por toda a vida. A Páscoa é a passagem do pecado e da morte para a graça e para a vida.
Com um Tríduo Pascal que prepara o cristão para o Domingo da Ressurreição, a Páscoa começa, na ceia da Quinta Feira Santa, quando é celebrada a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Ainda na quinta feira, pela manhã, acontece a Missa do Crisma, que reúne todos os Padres da Diocese junto ao seu Bispo. Na sexta feira, celebra-se a paixão e morte de Jesus. É o único dia do ano que não tem missa. Acontece apenas a Celebração da Palavra.
No sábado, acontece a vigília Pascal.
A festa da Páscoa vai do Domingo de Páscoa até a Festa de Pentecostes.
Como Jesus dizia sempre que ia ao encontro dos seus discípulos, eu lhes digo: A paz esteja com todos vocês!
Foto cedida por Nivaldo Castor, tirada em sua viagem para o Rio de Janeiro. Março de 2012. Rio de Janeiro – RJ – Brasil.
Feliz Páscoa!
Atenciosamente,
Cosme Castor
Referências:
Pe. Joãozinho, SCJ. Curso de Liturgia. Edições Loyola. São Paulo. Brasil. 1985.
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil / Bíblia Sagrada. Gn1,1ss. Paulus. São Paulo. 2001.
Lebon, Jean. Para Viver a Liturgia. Edições Loyola. São Paulo. Brasil. 1993.
Finkler, Pedro. Ao Encontro do Senhor: a vida de oração à luz da psicologia. Vozes. Petrópolis. Rio de Janeiro. Brasil. 1993.
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